A questão do voto distrital

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Em reunião na Casa do Advogado da Lapa na quarta-feira passada, dia 15 de setembro, a diretoria e os fundadores do Fórum Lapeano da Cidadania discutiram e explicaram seu apoio ao voto distrital. No início do encontro, a presidenta da 96ª Subseção da Ordem dos Advogados da Lapa (OAB-Lapa), Helena Maria Diniz, apresentou os conceitos que envolvem o sistema eleitoral. A palavra candidato, por exemplo, significa limpo e íntegro, em latim (cândida quer dizer roupa branca, parecida com a toga de juiz). Helena explicou que o voto (votum) quer dizer devoção ou oferenda feita a alguém. Sobre voto distrital, a presidenta da OAB-Lapa afirmou que Alemanha, Itália, Inglaterra e Estados Unidos utilizam o sistema. Segundo ela, o voto distrital serve nesses países como solução para amenizar a corrupção e aumentar a representatividade do candidato. Helena ressaltou que a fiscalização por parte do representante também é mais eficiente porque qualquer deslize do eleito é mais bem acompanhado pela comunidade local.
O ex-presidente da OAB-Lapa e um dos fundadores do Fórum Lapeano da Cidadania, João de Sá Teixeira Neves, fez um balanço eleitoral. Ele disse que existem 1.100 candidatos disputando 55 cadeiras na Câmara Municipal de São Paulo. Segundo João de Sá, é muita gente para poucas vagas. Para ele, não há sentido continuar com a falta de representatividade, onde os eleitores não conhecem seus candidatos. No voto distrital, segundo ele, o vereador é da cidade, mas o compromisso do representante é com a sua base, na sua região. Entretanto, o ex-presidente da OAB-Lapa não acredita que o voto distrital seja instalado rapidamente. Provavelmente, o voto por distrito, que pode seguir o critério territorial ou populacional, será aceito só nas instâncias municipal (vereador) e estadual (deputado da Assembléia Legislativa). Até lá, João de Sá recomenda que o voto distrital seja feito na prática, como acontece no interior de São Paulo.
O sociólogo José Luiz Sales, também fundador do Fórum Lapeano da Cidadania, defendeu a idéia “pensar global com ação local”, muito comum na Europa. Para o sociólogo, a Reforma Política mudará a cara do País se se decidir como o brasileiro vai votar.

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