Ambulantes passam abaixo-assinado

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“Pedimos apenas 30 segundos a você que está circulando aqui na Doze. É o tempo para assinar um documento solicitando à subprefeitura que nos deixe trabalhar nessa região”. Assim, o ambulante Valdemir Ferreira Paiva, revezando-se ao microfone com outros colegas de profissão, procura sensibilizar quem passava pelo movimentado centro comercial da Lapa. “Aqui estamos, pais e mães de famílias pedindo o apoio de vocês para uma luta, que é ter o direito de continuar trabalhando; o direito a levar para casa o suficiente para o nosso sustento”, dizia Paiva. Ao lado das caixas de som montadas na esquina da Doze de Outubro com a Cincinato Pomponet, um outro grupo de camelôs mostrava o abaixo-assinado a quem passava pelo local.
Longe dessa agitação, vários ambulantes ainda permaneciam com suas barracas no bolsão de estacionamento em frente ao Mercado da Lapa. O clima no local era de grande insatisfação. A vendedora Maria Estevão Serralgo, 69 anos, mostrava-se indignada. “Paguei tudo o que devia. Trabalhava na Cincinato há 20 anos. Sabe o que aconteceu agora? Pois é, não consegui manter esse antigo ponto, ele já tinha sido ocupado. Vou ter de ir para a rua Nossa Senhora da Lapa num ponto que, quando chove, vem uma enxurrada forte, que idoso nenhum merece”.

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