Ausência sentida

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Desde a sua primeira edição, o Jornal da Gente se primou para cobrir todos os fatos relevantes da região. Em todas as semanas, a reportagem tem certeza que cumpriu a sua função de transmitir as informações da Lapa, Vila Leopoldina e adjacências para o leitor acompanhar os acontecimentos do lugar onde vive.
Na semana passada, estivemos na festa de aniversário do Rotary Club de São Paulo Lapa, cobrimos a visita do arcebispo de São Paulo, o cardeal dom Cláudio Hummes, fizemos a reportagem de uma nova entidade que vai lutar legitimamente pelo bairro de Vila Pompéia, entre outros eventos.
Em todos esses acontecimentos, a comunidade sentiu falta da Subprefeitura da Lapa. Parece que o poder público municipal se ausentou de suas responsabilidades no atendimento às entidades e ao cidadão comum e sujeito ativo da realidade de seu bairro.
O Jornal da Gente tem a convicção de que está cumprindo o seu papel. Sejam dia, tarde e noite nos feriados e finais de semana, a reportagem do único veículo de comunicação comunitário da região esteve presente para levar a notícia até o morador – o mesmo não percebemos da Subprefeitura, que não tem mandado seus representantes a nenhum evento comunitário do bairro. O único acontecimento que o Jornal da Gente não teve acesso foi a uma reunião entre o Rotary Club de São Paulo Alto da Lapa e o subprefeito da Lapa, onde a reportagem foi a convite da entidade, a qual sempre prestamos nossos serviços. Este encontro teve o objetivo de firmar uma parceria entre rotarianos e o poder público, mas não pudemos acompanhar – apenas tiramos uma foto no final da reunião. Além da falta de respeito, o profissionalismo com que temos abordado o jornalismo garantiria o diálogo entre as partes. Mas a censura imperou – pela terceira vez neste ano.
Esta ausência não tem explicação em uma sociedade democrática, onde se exige transparência e participação do poder público nos assuntos que envolvem a comunidade. É muito triste para um veículo de comunicação que procura ouvir todas as partes implicadas num fato-notícia, não poder contar com um dos lados para saber suas opiniões e prioridades.
Talvez isso revele insegurança em relação à força e o espaço que a comunidade conquistou nestas várias décadas de luta por melhorias urbanas. Talvez a falta de diálogo da administração municipal não saiba o que fazer e o que dizer acerca dos inúmeros problemas sofridos pelos cidadãos. Do que se tem medo? Da informação! Queremos ajudar a transparência e esclarecimentos dos acontecimentos. Reservo esta coluna na próxima semana para as palavras do responsável por esta medida proibitiva. A liberdade de imprensa deve imperar.

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