Baile incomoda moradores

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Maria Isabel Coelho

Moradores de um condomínio localizado na Rua Faustolo, 1628, reclamam do barulho causado pelos bailes do salão Roma Dance(Rua Roma, 485), que fica de fundos para os prédios residenciais. Segundo eles, o ruído é insuportável principalmente aos sábados.
Um dos reclamantes é Lyones Telles, morador do décimo andar da torre Capri. “Os bailes acontecem as quartas, quintas, sextas e sábados. No sábado, vai até às 4h30 da manhã. Ninguém consegue dormir. Eles precisam colocar um isolamento acústico”, bronqueia Telles, que junto com a esposa, Immacolata, ligou várias vezes ao Programa de Silêncio Urbano da Prefeitura (Psiu). “A última vez foi em março, reclamando que o pedido (protocolo 250303-0 de 11/12/2005) não foi atendido. Eles dão prazo e nada acontece, o barulho continua”.
Outra moradora, Claudia Malta Fleckner Evangelista, além de também sugerir um tratamento acústico, ela pede um pouco de respeito. “O barulho é terrível. O que tem incomodado mais, são os bailes aos sábados”, confirma ela.
Renato Santana é outro que não consegue pregar o olho nos dias de baile. “Fui lá umas três vezes com a viatura da PM. Eles diminuem o som e depois que os policiais vão embora, eles voltam a aumentar”, relata.
Moradores da outra torre de apartamentos, a Sorriento, também sofrem com o barulho. “Em 97, eu fui lá (no salão) com a polícia, pedi para eles baixarem o som. Mas logo em seguida, eles voltavam a aumentar. O Psiu veio aqui para fazer a medição e eles foram multados. Dei parte na polícia, fiz B. O. Cansado, em 2000 coloquei uma janela anti-ruído. Mas nem todos podem fazer isso, a janela custa em torno de R$ 2 mil. Conclusão: agora tenho que ficar com a janela fechada, num quarto abafado por causa do som alto. Enquanto isso, ninguém toma providências, o barulho continua”, desabafa Lorival Reis. A síndica do condomínio desanimou de tantas reclamações. “Todas as tentativas foram insuficientes”, conclui ela.

O outro lado

A responsável pelos bailes, Neide Queiroz afirma que faz tempo que deixou de trabalhar às quartas-feiras. “Quinta é só para a terceira idade. Ficamos até às 19h30, no máximo. O barulho que eles estão ouvindo não é do meu salão”, argumenta.
Segundo ela, uma acústica foi feito, mas cada vez que alguém joga pedra e abre um buraco no teto, o som vasa. Ela afirma ainda que o som não passa de 60 decibéis. Mesmo assim, Neide promete tomar providências. “Depois da quaresma, eu vou colocar uma manta no teto para diminuir o som”.
Segundo a assessoria técnica do Psiu, o salão foi multado em 1997, no valor de R$ 13.020,00, e depois voltou a receber outra multa em 1998, de R$ 18.320, 00. O órgão promete fazer todo o levantamento sobre o salão e programar uma vistoria.

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