Catadores querem criar comissão regional

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Reunidos na Subprefeitura da Lapa no último sábado, dia 18 de setembro, os catadores de material reciclável da Região Oeste promoveram o primeiro encontro para formação de uma Comissão Regional, que auxilie os trabalhos da comissão nacional, que representa os interesses profissionais daqueles que coletam, separam e preparam qualquer tipo de resíduo reciclável.
O Ministério do Trabalho aprovou em 2002 o trabalho dos catadores cooperativados, como categoria profissional na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Este trabalho de catador de material reciclável, porém, necessita de uma regulamentação no Congresso Nacional. “A nossa luta é dar condições dignas de trabalho e renda aos catadores de material reciclável. Para tanto, precisamos ser reconhecidos pelo Estado e pela sociedade”, disse Roberto Rocha, da Cruma, uma cooperativa de catadores de Poá (SP), que está auxiliando na orientação dos trabalhadores cooperativados da Região Oeste.
No bairro, cerca de 400 catadores, organizados na CooperAção, cooperativa que faz reciclagem de material na Vila Leopoldina, procuram também, com o reconhecimento da sua profissão, atrair moradores de rua para participarem de um projeto de cidadania. “No momento, atingimos os desempregados, que são o maior público na CooperAção. O objetivo agora é atrair os excluídos”, ressalta Neilton Polido, presidente da cooperativa em Vila Leopoldina, destacando a ajuda da Subprefeitura da Lapa nas atividades da cooperativa.
Segundo um dos coordenadores da CooperAção, Marcelo de Almeida Lima, um dos desafios da categoria é mudar a “cabeça” dos catadores, que são moradores de rua e não querem ter horário para cumprir nem obrigações legais com seus companheiros. “Os catadores de rua resistem à idéia de se organizarem em cooperativa”, lamenta.

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