Cidadania com Atalho

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A região da Subprefeitura Lapa viveu uma movimentada e histórica semana que chega ao fim com um saldo altamente positivo no front político e no terreno das conquistas.
Na segunda-feira, 28, acordo entre prefeitura, governo estadual e Poder Judiciário selou a construção de uma sede unificada do Fórum da Lapa (num terreno onde funcionam depósitos da Subprefeitura), inédita negociação intermediada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Lapa. Foi a vitória da persistência da presidente da entidade Helena Maria Diniz, que levou ao governador, prefeito e presidente do Tribunal de Justiça os anseios da população cansada de ser atendida sem nenhum conforto ou praticidade nas atuais instalações forenses.
Se, recentemente, a subprefeitura expressou seu descontentamento em ceder o terreno indicado pelo Judiciário paulista como sendo o mais adequado para a construção do novo Fórum, o mínimo que se pode esperar por parte da administração lapeana é o respeito a uma decisão soberana dos poderes Executivos (Estado e Município) e Legislativo (Tribunal de Justiça), que atenderam os pleitos comunitários.
Na quinta-feira, 31, logo pela manhã, representantes das comunidades (Lapa e bairro vizinhos como Sumaré e Pacaembu), a partir de uma série de bem sucedidas articulações por parte do vereador Aurélio Nomura, parlamentar engajado nas questões do Plano Diretor, conseguiram ser recebidos no gabinete do Secretário do Planejamento, Francisco Luna. A pauta do encontro foi o pedido de uma discussão ampla e democrática em torno da revisão do Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa (PRE), algo que, segundo as associações não foi contemplado até aqui pela administração publicada região.
Por fim, na própria quinta-feira à noite dezenas de entidades se reuniram para oficializar apoio concreto ao novo coordenador do Pelezão, Paulo Garcia, o Paulinho do Botafogo (Vila Leopoldina), acordo costurado pelo vereador Claudinho e pelo deputado Celino Cardoso.
De maneira inequívoca, esses três episódios nos levam à seguinte conclusão: ao encontrar fechada a porta pública mais próxima e natural, a comunidade trilha atalhos que a conduz a outras instâncias de decisão, onde é possível respirar e viver uma cidadania que, inexplicavelmente, lhe é subtraída cotidianamente.

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