Consab’s cobra projetos da Emurb

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Preocupado com o destino do dinheiro público arrecadado com a implantação da Operação Urbana Água Branca, o Conselho das Associações Amigos de Bairro da Lapa e Região (Consab´s) cobra transparência por parte da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), responsável pelo gerencia-mento desse importante instrumento de planejamento urbano.
Na quinta-feira, 27, numa reunião na sede da Subprefeitura da Lapa, o Consab´s questionou formalmente a Emurb. “Queremos saber: em quais obras vão ser aplicados os R$ 29 milhões que a Operação Urbana arrecadou com o sistema de outorga onerosa? (mecanismo que permite edificações acima de determinado gabarito mediante o pagamento em dinheiro aos cofres públicos)”, perguntou Maria Antonieta Lima e Silva membro da diretoria do Conselho.
Sem confirmar o quanto já foi arrecadado com o sistema de outorga onerosa, a Emurb coloca na mesa de discussão um antigo projeto que prevê intervenções viárias na região da Avenida Francisco Matarazzo, na altura da Casa das Caldeiras. “O projeto que está no papel é lindo e maravilhoso. Só não sabemos quando será concretizado”, afirma Maria Antonieta.
O que está em jogo nessa reformulação do sistema viário é a extensão da avenida Auro Soares de Moura Andrade, contornando a Casa das Caldeiras, o que traria um grande alívio ao trânsito local, que tende a ficar mais complicado com transformação do entorno (Shopping Bourbon e grandes torres residenciais).
A Emurb garante que manterá contato com a Subprefeitura da Lapa para marcar uma reunião onde esse projeto será apresentado para a comunidade.

Prestação de contas

Criada em 1971, a Emurb é uma empresa municipal de economia mista, cujo objetivo é replanejar e intervir no espaço urbano, como reurbanizar áreas e reabilitar edifícios deteriorados. “Ela presta serviços à Prefeitura. Por conta disso, fica com 15% do valor da obra. É justo que a comunidade cobre da Emurb uma prestação de contas”, afirma Maria Antonieta. “No caso da região da Lapa, é importante que, enquanto comunidade, possamos manifestar nosso pensamento em relação à aplicação do dinheiro vindo da Operação Urbana Água Branca. Sabemos que a população de baixa de renda não tem onde morar dignamente. Por que não usar esse dinheiro público para a construção de casas populares?”, propõe a representante do Consab´s

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