Desativação só deverá acontecer daqui a seis anos

0
946

Foto:

Vinícius Macri

Segundo a Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), a Usina de Compostagem de Vila Leopoldina só poderá ser fechada em 2009. Isto porque a administração municipal vai construir duas unidades do Centro de Tratamento de Resíduos Domiciliares (ainda sem local definido), que modificarão o sistema de coleta e processamento do lixo na cidade, substituindo a usina de Vila Leopoldina.
“Esta mudança precisa passar por um processo de licitação, que demora, no mínimo, um ano. Depois, são necessários relatórios técnicos, análises de impacto ambiental, uma série de estudos tecnológicos e toda uma tramitação legal, que duram cerca de cinco anos”, explica o chefe da assistência jurídica da Limpurb, Vinícius Macri.
Segundo ele, a Limpurb, responsável pelo gerenciamento e fiscalização da usina, tomará as medidas necessárias para amenizar a situação de mau cheiro, barulho e poluição atmosférica. Primeiro, será instalado um sistema inibidor de odor, que pulveriza e neutraliza as moléculas causadoras do mau cheiro. Um produto químico aromático também será utilizado para diminuir o efeito do cheiro, provocado pelas 700 toneladas de lixo orgânico que a usina recebe diariamente.
Outra ação da Limpurb será o confinamento e a cobertura das baias (paredes), onde ficam depositados os rejeitos. Atualmente, todos os resíduos domiciliares que entram na compostagem ficam a céu aberto. A idéia é construir locais cobertos para que o lixo seja beneficiado de forma adequada, sem incomodar os moradores que vivem próximos à usina.
O problema de barulho é causado pela manobra dos caminhões que fazem a captação do transbordo, local reservado para abrigar o chamado lixo inerte, oriundo das sobras das construções. O resíduo das obras fica na parte de trás da usina, mas existe apenas uma entrada para o recebimento de todos os tipos de lixo. Como medida de segurança para evitar acidentes, os veículos de grande porte possuem um alarme, que emite um som de grande alcance para avisar a todos que o caminhão está dando ré. Este apito ensurdecedor será substituído por sinais luminosos (giroflex). As partículas poluentes do material inerte, lançadas no meio ambiente, também serão reduzidas, graças à água que será jogada por caminhões-pipa.
“No dia 30 de março, tivemos uma reunião com o Ministério Público e nos comprometemos a tomar as medidas necessárias para minimizar os problema ambientais, causados pela compostagem de lixo. Não há condições técnicas e orçamentárias para a desativação imediata da usina”, afirmou Macri.
Os membros do Movimento Popular da Vila Leopoldina, que exigem o fechamento imediato da compostagem no bairro, disseram que não aceitam o prazo estipulado pela administração municipal. Também não acreditam em medidas paliativas. O movimento espera o parecer técnico da Cetesb, que analisa o caso.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA