Diabetes em Debate

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Edson Luna demonstra caneta que aplica insulina

A Universidade Paulista abriu seu espaço para o 8º Congresso Brasileiro Multidisciplinar Profissional em Diabetes. O evento aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de julho no campus Marquês de São Vicente da Unip, na Lapa de Baixo. Destinado aos profissionais que lidam com a doença, o congresso foi organizado pela Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad). A Unip ofereceu toda a estrutura física e tecnológica (informática e logística), o apoio de profissionais da universidade e o material de divulgação.
Em todos os 44 simpósios, 200 palestras e diversas oficinas, foram reveladas aos 1,6 mil inscritos as novidades nas áreas: médica, biologia molecular, psicológica, nutricional, farmacêutica, dermatológica e terapêutica, além de outras especialidades auxiliares ao tratamento de diabetes. A estimativa da Anad é que exista no Brasil cerca de 10 milhões de diabéticos, dos quais metade não sabe que tem a doença. “E a metade que sabe não se cuida. Este é um dos grandes problemas desta enfermidade. Os brasileiros acima dos 40 anos precisam fazer o exame uma vez por ano para saber se contraíram esta terrível doença, que provoca derrame, infarto, cegueira, insuficiência renal etc”, aponta José Machado de Assis Moura Júnior, diretor médico para América Latina da Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil, empresa norueguesa que mostrou novas técnicas de aplicação da insulina.
O especialista orienta todas as pessoas a praticarem exercícios preventivos, ingerindo menos açúcar e gordura, além de fazer exames regulares. “A diabetes é progressiva e deve ser tratada no seu início. Ficou estigmatizado de que quem toma insulina já está próximo da morte, o que não é verdade. Estas pessoas estão se cuidando. O problema é quando o paciente chega ao hospital com fortes dores no peito ou nos olhos, período que pode ser tarde demais”, alerta Moura Júnior, ressaltando ainda que 50% das internações no Instituto do Coração (Incor) foram originadas da diabetes, doença que também é a principal causa de cegueira no mundo. “Se você tem parentes próximos com a enfermidade, é obeso ou seu bebê nasceu com mais de quatro quilos deve começar a se preocupar”, finalizou.

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