Diabetes vira epidemia de saúde pública

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O crescimento no número de diabéticos transformou a doença em uma das epidemias de saúde pública mundial. No Brasil, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas tenham a diabetes. Os dados são da International Diabetes Federation (IDF). Segundo a federação há mais de 230 milhões de casos no mundo inteiro, quase 6% da população adulta. A estimativa mostra ainda que até 2025 esse número chegue a casa dos 350 milhões de diabéticos.
Diante desses dados, especialistas alertam para prevenção da doença com cuidados básicos como alimentação saudável e exercícios físicos desde a infância. As pessoas que já estão com a doença devem seguir os mesmos cuidados para controle da taxa de glicose.

O que é

De acordo com o médico e assessor técnico da Supervisão Técnica de Saúde da Lapa/Pinheiros, José Gaspar Marzzoco, a enfermidade provoca o aumento da quantidade de açúcar (glicose) no sangue por falta absoluta ou relativa de insulina. “Sem a insulina ou com o funcionamento inadequado dela, a glicose vai se acumulando no sangue e é eliminada na urina”, informa ele.
Os sintomas mais comuns são: cansaço, perda de peso, sede, necessidade freqüente de urinar e visão turva. “Com o tempo, podem surgir sérios problemas nos olhos – levando até à cegueira -, nos nervos, no coração, nos pés, nas artérias e nas veias”, esclarece o médico.

Tipos comuns

Marzzoco explica que existem vários tipos de diabetes. Os mais comuns são os do tipo I e II. “O tipo I (diabetes mellitus insulinodependente) é causado pela falta de insulina ou sua produção insuficiente pelo corpo, ocorre com mais freqüência entre os jovens, e obriga a pessoa a aplicar insulina”, informa o coordenador.
Em alguns casos o diabético não apresenta sintomas. “Isto ocorre com maior freqüência no diabetes tipo II, que atinge mais os adultos, pessoas com antecedentes familiares ou com excesso de peso . Neste caso, o paciente pode passar anos para descobrir a doença. Os sintomas são vagos, como formigamento nas mãos e pés”, alerta o especialista.
Alimentação adequada, exercícios físicos, controle de peso e, em alguns casos, medicamentos(comprimidos ou insulina) ajudam no controle desse tipo de diabetes. “Pessoas com mais de 40 anos devem pesquisar se tem alteração da glicose no sangue”, lembra Marzzoco.
O coordenador alerta ainda que a orientação de um médico é a melhor maneira de prevenir e controlar a doença. Outro fator importante para o diabetético é fazer o teste de glicose, de uma a três vezes ao dia. Os kits são distribuídos pelos postos da rede municipal de saúde.

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