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Na semana de seu aniversário, o bairro da Lapa, que em 2006 completa 416 anos, viveu dias de intensa movimentação. Eventos religiosos, debates sobre cidadania e festa de confraternização deram contorno a uma grande festa, que na verdade, começou no final de setembro e se estende por todo o mês de outubro. Confira, a seguir, como a comunidade, mesmo ignorada pela Subprefeitura da Lapa (ver editorial), se reuniu em abraços ao bairro.
Crianças
Na terça-feira, 10, o Clube da Comunidade City comemorou o aniversário do bairro e também o Dia das Crianças com uma animada festa, que contou com brincadeiras e a presença de palhaços e malabarista de perna-de-pau (FOTO 1). Quem também entrou no clima das festividades foi o Senac-Scipião, que completa 10 anos de existência. Nesse contexto, a entidade organiza a mostra Lapa Interiores, Lapa Noturnos, que está em exposição no piso Guaicurus do Shopping Center Lapa. A exposição, idealizada pela coordenadora do bacharelado em fotografia do Centro Universitário Senac, Rosana Beneton, faz uma homenagem ao bairro com registros que retratam um pouco do seu cotidiano.
Seminário
A noite da terça-feira propiciou momentos de reflexão sobre cidadania. O seminário “Lapa: pensar global e agir local, organizado pelo Movimento contra a Verticalização da Lapa (Mover), Estação Ciência e Jornal da Gente, possibilitou o debate em torno de um tema que deverá permear a revisão do Plano Diretor: qualidade de vida no bairro onde moramos ou trabalhamos. Um dos palestrantes foi o professor José Carlos de Barros Lima, que contou como se deu a ocupação da região de uma Lapa estendida.
Já o arquiteto Paulo Bastos, mostrou como um processo de vertica-lização desacompanhado de planejamento urbano, é capaz erguer e destruir coisas belas, conforme nos lembra Caetano Veloso, em sua famosa canção “Sampa”. (FOTO 2)
Baile
Na mesma noite, lapeanos e amigos se confraternizavam no “Baile dos Pioneiros”, no Espaço Armazém da Vila Leopodldina. Foram homenageadas as famílias de origem britânica (FOTO 3). O desenvolvimento do bairro está intimamente ligado à chegada da ferrovia, no século XIX, num processo capitaneado por empresários ingleses. A festa também rendeu homenagem a diversos membros da comunidade por seu empenho e luta por um bairro sempre mais humano e fraterno.
Religiosidade
Na quinta-feira,12, data do aniversário do bairro e de Nossa Senhora Aparecida, a fé falou mais forte. Pela manhã, a Vila Anastácio rendeu homenagem à padroeira do Brasil com a tradicional Caminhada de Nossa Senhora Aparecida. O evento organizada pela Paróquia Santo Estevan Rei de Vila Anastácio contou com a participação de cerca de 200 devotos que percorreram em procissão as ruas do bairro (FOTO 4). O feriado de quinta-feira reuniu também mais de 300 pessoas próximo da Ponte do Piqueri, para receber a imagem de Nossa Senhora Aparecida , que navegou em uma embarcação pelo Rio Tietê até o local, onde os fiéis acolheram a imagem para a celebração de missa campal.
À noite, na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, o padre Vittorio celebrava missa em louvor à Padroeira do Brasil e também aos 416 anos da Lapa.
Show
No ano passado, o subprefeito Paulo Bressan prometia, em entrevista ao Jornal da Gente, um engajamento maior nas festividades do aniversário da Lapa. A rigor, o único evento que a Subprefeitura da Lapa abraçou foi a Feira de Artes e Artesanato da Praça Cornélia (FOTO 5), que contou com uma programação especial, incluindo atrações como a apresentação teatral “Gigantes no Ar”, do grupo Pia Fraus. que abriu o evento, entre outras shows musicais durante o dia.
