JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
Aquele garoto queria mudar o mundo. Acreditava que a fome e a guerra eram problemas possíveis de serem solucionados. O garoto cresceu e se deu conta que o planeta era grande demais para sua empreitada. Resolveu, então, lutar para melhorar seu país. Achava que sua nação também sofria com a pobreza de seu povo, com a violência grassando à sua volta. Depois, percebeu que o país era também muito grande, sem permitir superar as dificuldades com as suas ações… novamente.
O jovem, portanto, se viu obrigado a ajudar sua cidade. Diferentemente dos dois primeiros projetos, achava que agora teria êxito. Além do mais, já era tempo de despertar para a cidade onde morava. Pensava que, enfim, suas atividades políticas e sociais haveriam de dar bons frutos. Depois de um bom tempo de militância, em defesa de seus ideais de justiça social, oportunidades iguais para todos, melhor qualidade de vida e mais segurança, o agora não tão jovem caiu em desilusão…de novo.
A metrópole é enorme, com características complexas e dificuldades imensas – maior que o tamanho de suas idéias. Estava muito além do seu alcance conseguir melhorar aquela grande e problemática cidade.
Desamparado, o homem caiu em prantos. Não sabia o que fazer para melhorar a vida de seus semelhantes, muito menos colocar as suas justas idéias para auxiliar a sociedade e praticar o bem comum. Não conseguiu mudar a cidade, o país e muito menos o mundo.
Eis que, por um momento, fitou a rua, onde vivia desde que nasceu. Prestou atenção nos moradores, nas crianças, nos idosos. Percebeu que eram pessoas próximas a ele, que tinham pontos de vista semelhantes porque sofriam com os mesmos problemas e mesmas injustiças. Sensibilizou-se com o sorriso do filho, com as flores na janela. Em todas as cenas de um cotidiano, embora comum, muito especial para ele.
Agora maduro, o homem resolveu sair da abstração do genérico para diagnosticar os problemas concretos de seu convívio. Viu que o seu bairro, onde conhecia todos os moradores, estava a seu alcance. Começou a refletir que, melhorando a região em que vivia, ele estava também ajudando a melhorar a sua cidade, o seu país… o nosso mundo.
Nesse domingo, dia 3 de outubro, o leitor tem a oportunidade de deixar o seu bairro melhor. Basta votar em candidatos locais, que tenham compromisso com a região. O eleitor perceberá que também vai ajudar a construir um novo mundo… bem melhor para todos.
