O prefeito e o forasteiro

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Diante do agravamento da tensão entre Subprefeitura da Lapa e comunidades locais, e pelo fato de que para o prefeito Gilberto Kassab, os subprefeitos são pessoas que o “representam nas regiões por eles administradas”, cabe aqui uma série de perguntas ao chefe do Executivo paulistano.
Prezado prefeito, será que chegou ao seu gabinete a informação que o seu sub na Lapa disse não reconhecer a representatividade das associações do bairro com as quais o senhor sempre manteve um relacionamento amigo, a ponto de prestigiar a sessão solene dos 415 anos da Lapa? Será que o senhor sabe que a subprefeitura não reconheceu os 30 dias de festa organizados em outubro passado pela comunidade?
Seus assessores lhe informaram que as atitudes do subprefeito são alvo de críticas e até mesmo motivo de chacota num programa de rádio?
Qual seria a sua avaliação de uma proposta de administração onde o subprefeito diz que não é preciso circular pessoalmente nos bairros – e aqui na Lapa isso significa, muitas vezes, ter que por o pé no barro – pois tudo lhe é comunicado nas reuniões semanais?
O senhor sabia que repercutiu muito mal, sobretudo no meio empresarial, o fato de ter sido o subprefeito da Lapa o tesoureiro da campanha tucana à presidência da República? E olha que 75% do eleitorado da Zona 250 vestiram azul em 2006 e também em 2004.
Por acaso lhe contaram que a Vila dos Remédios (Sub Lapa) – um desses lugares onde o subprefeito não pisa -, comemorou seus 145 anos com festa organizada pela Prefeitura da vizinha Osasco, contando com a presença do prefeito Emídio (PT)?
O senhor tem idéia da indignação da comunidade por ter a subprefeitura negado o uso do Pelezão para a realização do “Arraiá da Lapa”, alegando agenda oficial plena no clube? Mas que agenda oficial é essa que joga para escanteio uma tradição comunitária?
Prezado prefeito. O senhor conhece o espírito lapeano. Em nome dessa amizade, que se formou bem antes de o senhor ocupar o cargo máximo na administração municipal, creia que a comunidade não quer esperar o 1º de janeiro de 2009 para recomeçar o trabalho de reconquista de uma cidadania ultrajada desde 2005. Creia que ela quer mudanças radicais e imediatas na Rua Guaicurus, 1000, pois não agüenta mais tanto desprezo e humilhação por parte do servidor público, vindo do Morumbi, que o senhor e o ex-prefeito Serra ali colocaram.

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