Podas da discórdia

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FERNANDA DIAS

Nas últimas semanas alguns moradores da Lapa e Alto da Lapa mostraram-se contrariados em relação aos serviços de podas de árvores na região. No último dia 11, a Secretaria municipal do Verde e do Meio Ambiente, interrompeu o trabalho da Subprefeitura Lapa, que finalizava a poda de uma das seringueiras na Praça Jesuíno Bandeira. O motivo da intervenção da Secretaria foi uma denuncia feita por um dos moradores, informando a existência de ninhos de pássaros no local, que seriam eliminados caso os serviços não fossem cancelados.
De acordo com a engenheira agrônoma responsável pela poda das árvores da região, Lúcia Nheiffig, havia um ofício da Sociedade Amigos do Bairro Siciliano Anglo Brasileiro, autorizado pelo subprefeito Paulo Magalhães Bressan, determinando a poda de quatro seringueiras e um guapuruvu. “ Nunca tivemos uma orientação específica sobre a presença de ninhos de passarinho entre os galhos”comentou a engenheira, que antes de começar o processo de poda em qualquer árvore, costuma fazer um diagnóstico.
Perto dali, na Rua Salles Júnior, no Alto da Lapa, o morador Francisco José Hua, não se conforma com a poda de duas árvores, que ficam em frente à uma igreja evangélica. “Estou tentando fazer uma denúncia na Guarda Florestal”, disse Francisco, indignado com situação. Segundo Nelma, as árvores foram podadas porque já estavam com estruturas comprometidas.
De acordo com o agente de Controle Ambiental, da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente,Santiago Soares, nesta época do ano as árvores estão em fase de brotamento,com o aparecimento de novos galhos. “Além disso, a reprodução das aves também acontece no mesmo período”, explica Soares. Se o vegetal não estiver condenado por cupins ou se não apresenta risco de queda a Secretaria recomenda às subprefeituras que as podas sejam realizadas entre os meses de maio e julho.

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