PS Lapa pede ajuda

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Sala de descanso da enfermagem tem infiltração de água e cheiro de mofo

Você conceberia uma sala de internação psiquiátrica cercada de janelas vidros, que podem, de uma hora para outra, colocar em risco a vida do paciente ali colocado? E que tal imaginar uma unidade de saúde dotada de precárias instalações sanitárias? E mais. O que dizer de um equipamento que às quintas-feiras e também às sextas-feiras não pode contar com clínicos gerais?
Esse é o retrato do Pronto-Socorro da Lapa, numa breve radiografia levantada pela reportagem do Jornal da Gente. Desde um necrotério com janelas sem vidro até chegar à falta ou deterioração de vasos sanitários, o cenário no PS Lapa é desolador. O setor de cozinha foi interditado, pois sob o teto dessa área corre rede de esgoto que apresentava vazamento. A sala de repouso da equipe de enfermagem está toda tomada por enorme infiltração de água e apresenta um forte cheiro de mofo.
Em outubro de 2005, o portal da Prefeitura na Internet anunciava que “num prazo de seis meses, incluindo o período de licitação, a Prefeitura de São Paulo vai reformar e readequar os 17 Pronto-Socorros da rede municipal, para oferecer mais conforto e melhorar a qualidade de atendimento da população. As intervenções, que terão um custo final de R$ 25 milhões, serão realizadas por meio de parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde e a Kahn do Brasil Ltda, empresa especializada na aérea industrial e hospitalar, e que fez a doação dos projetos arquitetôni-cos no valor de aproximadamente R$ 500 mil”. Nada até agora chegou o PS lapeano, que ainda espera por reformas e ampliação.

Sem respostas

Também em outubro do ano passado, a prefeitura comunicava o seguinte: “todos os 15 hospitais e 17 prontos-socorros municipais da cidade de São Paulo lançam nesta quinta-feira (27/10), simultaneamente, o programa de atendimento humanizado chamado ‘São Paulo de Braços Abertos.’A partir desta data, os corredores dos hospitais da rede implantarão gradativamente carrinhos de chá, carrinhos da leitura (revista), biblioteca móvel, ‘cantinho’ da beleza, música nos andares, almoço com música (sistema de som), oficinas de artes, exposições de artes, teatro de fantoches, contadores de estórias, canto cidadão, palhaços animadores, brinquedotecas, mães do berçário, ginástica tradicional chinesa e outras atividades”. Passados 10 meses da divulgação desse programa, o Pronto Socorro Municipal da Avenida Queirós Filho ainda não sabe o que ele significa na prática, pois nenhuma das estruturas previstas foi implantada no local.
Até o final do fechamento desta edição, a Autarquia Hospitalar Municipal Regional não havia dado autorização para que o Jornal da Gente entrevistasse a diretoria do PS Lapa para os esclarecimentos necessários.

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