Reconstruindo o passado do bairro

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

A Lapa pode ganhar uma obra histórica. A origem da região está sendo estudada pelas historiadoras Wilma Therezinha Fernandes de Andrade, da Pontifícia Universidade Católica de Santos, e Margarida Rosa de Lima, da Universidade de São Paulo. O trabalho de coordenação é do diretor do Colégio Santo Ivo, José Carlos de Barros Lima.
O objetivo das historiadores é levantar a documentação do período colonial, mais especificamente no século 16. Wilma e Margarida farão a pesquisa historiográfica, com o intuito de preencher as lacunas com informações da época. Um dos desafios é descobrir os detalhes dos passos de Afonso Sardinha, um dos primeiros bandeirantes da nossa história colonial. Sabe-se que o garimpeiro Sardinha veio ao Brasil para explorar ouro no Pico do Jaraguá, mas não foi encontrado ainda um documento que descreva os detalhes da sua missão. Também necessitam-se de mais informações oficiais sobre a Tranqueira do Emboaçava, um forte construído no Rio Tietê, que serviu para proteger São Paulo do ataque dos índios.
“Todas as descobertas das historiadoras serão editadas num livro, que provavelmente será lançado no ano que vem”, disse o diretor do Santo Ivo, ressalvando que será preciso antes escrever um projeto acadêmico para, em seguida, procurar empresas patrocinadoras, interessadas em financiar a obra, contando com o apoio fiscal previsto na Lei Rouanet e na Lei de Incentivo à Cultura.

Monumento

Lima também quer levantar um monumento de origem da Lapa no Jardim Humaitá. Presume-se que em local perto da Marginal Tietê era onde estava localizada a Tranqueira do Emboaçava. O marco histórico ficaria num parque, que deve ser construído no lugar da Usina de Compostagem de Vila Leopoldina.

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