Sampa Hall lota na reinauguração

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Casa reabre mesmo com protesto do advogado que representa condomínios

A casa de balada Sampa Hall reabriu suas portas na noite da última terça-feira, 31, após cerca de seis meses de interdição pela Prefeitura. Na reinauguração os camarotes e pista ficaram lotados para os shows do Exaltasamba e Leci Brandão.
Ao contrário da primeira vez, as bebidas não foram servidas livremente aos convidados dos camarotes. Apenas teve acesso às cervejas e drinques quem pagou pelas doses. A promessa de subir os preços das bebidas foi cumprida. Ao invés de R$ 1,00, os preços das cervejas variavam de acordo com a marca, de R$ 4,00 a R$ 6,00, bem diferentes da época em que a casa foi interditada e ocorrências registradas por causa das brigas, arrastões e morte, que levaram os moradores da vizinhança a pedir o fechamento da Sampa Hall.
Com dívidas acumuladas por causa da interdição, a direção promete rever os erros cometidos anteriormente, sanear o passivo, e não prejudicar a comunidade. Segundo o delegado do 7º DP, Lupércio Dimov, desde a reabertura, apenas uma ocorrência foi registrada na noite da última quinta-feira, 2. “Um rapaz foi surpreendido pelos seguranças dentro do banheiro com frascos que pareciam lança-perfume. A polícia foi chamada e o caso encaminhado para o DP, mas na análise nenhuma substância entorpecente foi detectada. O caso será arquivado”, avisa Dimov.
Promotor

Em resposta as preocupações do advogado de dois condôminos, Alexandre Dantas, enviadas por e-mail ao promotor de Habitação do Ministério Público, José Carlos de Freitas, o representante do MP informa que está acompanhando o processo do Sampa Hall. Freitas diz que esteve em contato com o Secretário da Habitação do Município sugerindo que a expedição do alvará seja precedido de EIV(Estudo de Impacto de Vizinhança) e audiência com a população do entorno. “Continuo com o pensamento anterior: é fato que a atividade ‘shows’ é permitida no local (não pode a Justiça impedir o exercício de atividades similares às do antigo Olympia), mas os condicionantes que sugeri na petição inicial (estudo de impacto de vizinhança e audiência pública) têm base legal para serem sustentados, bastando à Justiça acolhê-los ou não”.
O promotor acrescenta ainda que para alterar a situação é necessário que a comunidade participe das discussões sobre as alterações do Plano Diretor, dos Planos Regionais Estratégicos(da Lapa) e da Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, que estão em curso, batalhando pela exclusão do uso ou pela necessária realização de EIV e audiência pública para a implantação de atividades conflitantes com o uso residencial no bairro da Lapa.

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