Sesc promove festival de música eletrônica

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Jefferson Alves de Lima: sons eletrônicos experimentais

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

A música eletrônica ganha um espaço privilegiado, a partir de quinta-feira, dia 12 de maio. Segundo Jefferson Alves de Lima, técnico do núcleo de música e arte cênica do Sesc Pompéia e responsável pelo projeto, o 4º Hype significa uma manifestação cultural eletrônica ou mesmo uma arte sônica. São esperadas perto de mil pessoas que terão condições de assistir a 24 atrações de cerca de 80 artistas em quatro dias.
Para os amantes do gênero que conquistou jovens do mundo inteiro, o evento é uma boa oportunidade de mostrar o eletrônico como uma forma mais experimental do que um ritmo de balada. “O Sesc Pompéia não quer fazer uma festa rave. O festival tem como objetivo trazer o público para refletir sobre a música, como aconteceu neste mesmo lugar com os roqueiros dos anos 80, por exemplo”, disse Lima.
O responsável pela organização do evento explica que no primeiro dia, a partir das 10h de quinta-feira, 12 de maio, o tema abordado será guitarra, com destaque para o gaúcho Tony da Gatorra, que inventou um novo instrumento, e a tradicional Corporação Musical Operária da Lapa, que fará um cortejo pela Rua Central. Na sexta, dia 13, o espaço está entregue para o estilo popular, com mistura de ritmos, como o da norte-americana DJ Rekha, que interpreta sons do sul da Ásia, como o Bhangra. No último dia de evento, sábado, 14 de maio, o Black Music toma conta do Hype, como o do escocês, Kode9, mesclando todos os ritmos negros no som eletrônico conhecido como grime .
E não é somente música. A novidade nesta quarta edição do Hype (que em inglês significa “bacana”) é a possibilidade de, gratuitamente, o público ficar na Rua Central todos os dias e apreciar a exibição de vídeos em telões das performances de Érika Brandão, Gisela Morra e Leandro Lima, Mauro de Souza, da dupla MM Não é Confete e Esqueleto Coletivo, as performances de Patrícia Franco, do grupo ZaratrutA! e do trio Miguel Barella, Patrícia Osses e Thomas Roher, além da edição especial do projeto Tripé em que os artistas plásticos Eduardo Salvino, Inês Raphaelian e Pedro diPietro apresentam a exposição focada nas relações entre arte e tecnologia.
Além dos shows internacionais do Fennesz (Áustria), Wolf Eyes (EUA), Damo Suzuki (Japão), DJ Rekha (EUA) e Kode9 (Reino Unido), a programação conta com os brasileiros Akira S & As Garotas que Erraram, Black Alien, DJ Dolores, Drumagick e Vitrola Stereophonica, Tony da Gatorra, Livio Tragtenberg, Reincorporação Musical Operária da Lapa e Tecnobrega.
Outro aspecto lembrado pelo responsável pelo projeto é a arte visual e o contato entre público e artistas. “Ainda no 4º Hype, foram programados bate-papos com o escocês Kode9 e o japonês Damo Suzuki, workshops sobre criação com os austríacos do Fennesz, e uma oficina de Disc Jockeys (DJs) sob orientação de Cristiano Scabello”, destaca o técnico.

G 4º Hype. Sesc Pompéia. Ingressos de R$ 10,00 a R$ 25,00 (meia para estudantes). Rua Clélia, 93. Telefone 3871-7700. Site www.sesc.org.br.

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