Thomaz Galhardo será fechada

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Walkyria Cattani durante reunião com os pais no Thomaz

RENATA DE GRANDE REPÓRTER

A Escola Estadual Thomaz Galhardo terá suas atividades encerradas no próximo ano letivo, dando lugar à Diretoria de Ensino Norte I. A escola foi construída na Rua Marcelina na década de 50.
A notícia foi dada aos pais na última sexta-feira, dia 26 de novembro, numa reunião com a dirigente da Diretoria de Ensino Centro-Oeste, Walkyria Cattani Ivanaskas, no próprio pátio do colégio. O motivo pelo qual a escola será fechada é a ociosidade do prédio. De acordo com Walkyria, existem mais de 11 salas vazias e poucos alunos por classe. “A média de estudantes por período na Thomaz Galhardo é de 25. E a legislação prevê 35 alunos de 1ª a 4ª série por sala”, explica a dirigente, ressaltando que desde 1995 a escola está passando por uma reestruturação, por conta das mudanças que o bairro vem sofrendo. Ela disse que o envelhecimento populacional, a expansão imobiliária de prédios de alto padrão e o aumento de ofertas de colégios particulares provocaram o esvaziamento da Thomaz Galhardo. A dirigente ressalta que não é a Secretaria de Estado da Educação que decide fechar a escola. “O que determina o encerramento das classes é a demanda. Na Thomaz Galhardo, existe cerca de 50% de ociosidade”, disse.
Segundo a Walkyria, todos os alunos terão direito à matricula nas demais escola estaduais do bairro. “Asseguramos o direito de todos estudarem. Os pais poderão escolher em qual escola matricular seus filhos. Temos a Reynaldo Porchat, Edmundo Carvalho e Marina Cerqueira César, que poderão receber os alunos da Thomaz Galhardo”, afirma Walkyria. A dirigente disse que o processo de inclusão de deficientes na rede pública de ensino está caminhando lentamente porque os professores ainda não estão preparados para lidar com esta situação.
Por outro lado, a revolta dos pais de mais de 200 alunos foi unânime. Atualmente, a escola trabalha com quatro classes de educação especial, com deficientes mentais e síndrome de Down de até 40 anos de idade, uma com recursos para alunos de deficiência áudio-visual, além das classes de ensino regular. A maioria dos pais não aceita o fechamento do colégio e promete lutar para evitar que isso ocorra. Margarete da Silva Oliveira, mãe de aluno e membro do conselho da escola, afirma que a diretoria de ensino não os procurou para discutir sobre o fechamento. “Eles querem acabar com o trabalho que os nossos filhos fazem aqui, em outras escolas eles serão discriminados”, reclama a mãe.
Além dos pais, representantes de entidades como Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente da Lapa e o Fórum da Criança e do Adolescente também participaram do encontro e se comprometeram a entrar pelo não-fechamento da instituição de ensino. Na segunda-feira, dia 29 de novembro, a partir das 14h, haverá uma nova reunião com os pais para decidir os rumos dos alunos da Thomaz Galhardo.

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