Um caos público

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Edna Lopes Martins com os denunciantes do estado precário do PS

José de Oliveira Jr. Repórter

O Pronto-Socorro Professor João Catarin Mezono, localizado na Avenida Queirós Filho, 313, está entregue ao descaso pelo poder público. Inaugurado em 1967, o conhecido PS da Lapa tem deficiência de recursos humanos, falta de medicamentos e não conta com cadeira de rodas e macas adequadas para o setor de emergência. Além disso, não existe gerador de energia.
A representante da comunidade da Lapa de Baixo, Edna Lopes Martins, entregou um manifesto de desagravo para a diretoria PS da Lapa, aos representantes do Conselho Gestor de Saúde e também ao Conselho Comunitário de Segurança da Lapa (Conseg-Lapa), afirmando que no local “não havia medicamentos básicos, como Bezetacil e Dipirona para atender a população”. Segundo ela, “os médicos, enfermeiros e funcionários são verdadeiros heróis, porque fazem milagres para ajudar os pacientes na falta de recursos mínimos”.
Outro caso de deficiência de atendimento aconteceu com o filho de Maria Lúcia Rossi, Marcos Vitor. Ele passou pelo clínico-geral na noite de quinta-feira passada. Maria Lúcia reclamou que a recepção do PS da Lapa está muito bonita para “encobrir” o mau estado da área interna. De acordo com a usuária, falta pediatria e não existe uma divisão no setor de inalação para crianças. “Meu filho poderia ser melhor atendido, pois ele está sofrendo de bronquite”, afirmou. Nessa época do ano, é muito comum os casos de problemas respiratórios.
Massayuki Yamamoto, superintendente da autarquia que administra o PS da Lapa, disse que as compras e o abastecimento de materiais de consumo, tanto de medicamentos quanto de materiais hospitalares, é feito segundo as leis de compras públicas, que obedecem às licitações.
“Há uma certa lentidão natural do processo de aquisição de remédios e aparelhos médicos”, confessa o superintendente, dizendo que houve um acréscimo de consultas médicas em março, com 15 mil atendimentos no mês. Ele atribui esse aumento devido ao PS da Lapa ficar aberto 24 horas durante sete dias na semana. Yamamoto se comprometeu a averiguar a situação em que se encontra o pronto-socorro.

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