Para o alto e avante, a arte das HQ

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Klebs: criatividade na ponta do lápis

O mercado de quadrinhos vai muito além de Mônica e Cebolinha, de Maurício de Sousa. Heróis e heroínas povoam a leitura de muita gente pequena e também de muitos adultos. É um mercado difícil de contabilizar números, mas vai dizer quer você não conhece nenhum fã de Wolverine, Homem Aranha ou Super Homem? Existem milhares de pessoas apaixonadas por esses personagens “de papel”.
Klebs de Moura Júnior é apaixonado desde criança pelo tema, quando desenhava sem parar. Mas foi um longo caminho da faculdade, a escola de Belas Artes de São Paulo, até chegar ao mercado internacional de quadrinhos. Hoje, além de trabalhar na área, ele tem uma escola, a Impacto Quadrinhos, desde 1999, onde dá cursos de desenho, arte-final, desenho para vestibular, modelismo, mangá (estilo japonês de história em quadrinhos), roteiro, ilustração e, claro, quadrinhos, além dos novíssimos cursos digitais de colorização para quadrinhos e modelismo 3D.
“Montamos a escola pra ensinar esse povo que está louco pra desenhar a aprender de uma forma mais rápida, com dicas do que funciona e o que não funciona, e também produzir quadrinhos aqui com a mesma qualidade do material estrangeiro, porém, com a sintonia do leitor brasileiro”, diz Klebs. Lembrando que o mercado não é feito só de quadrinhos: é possível trabalhar também com publicidade, design, arquitetura, web, TV e também editorial.
Não é preciso ter grandes noções para começar a fazer as aulas: “Se a pessoa não tiver noção de nada mas quiser e se propor a isso, sim, ela sai daqui sabendo tudo. Se ela tiver uma habilidade de desenho, e for boa, em menos de um ano já vai estar trabalhando no mercado. E se tiver muita imaginação, pode sair um roteirista, que é o mais difícil”, avisa o artista. Quem quiser pode assistir a uma aula grátis.
Klebs também tem um estúdio e uma agência, e produz, todo mês, cerca de dez revistas para a Marvel, dez para a DC e Dynamic Force, entre outras – eles mandam o roteiro, e os desenhos e a colorização são feitos aqui. “Eu não quero um aluno, mas sim um profissional. Meu objetivo maior é inserir o aluno no mercado. Mas é preciso ter disciplina pra trabalhar com os americanos, porque eles são muito precisos em prazos”, lembra Klebs.

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