Sorocabana está nas mãos da Promotoria

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Simião garante que não há nenhuma irregularidade na sua gestão

A diretoria do Hospital Sorocabana, que desde quinta-feira, 2, deixou de receber internações, ainda tem esperança de reativar plenamente o atendimento à população.
Em entrevista ao Jornal da Gente, o presidente do Sorocabana José Carlos Simião, confirmou que está marcada para a próxima semana uma reunião com Ministério Público (MP), onde promotores da Saúde, entre eles Arthur Pinto Filho, avaliarão a viabilidade de um acordo entre a Associação Beneficente Hospitais Sorocabana, Prefeitura de São Paulo e um grupo de empresários. “Paralelamente a isso, estamos dialogando com médicos e enfermeiras de modo que possamos contar com a volta deles ao trabalho, pois estamos confiantes que o acordo será concretizado”, disse Simião. “Um grupo de empresários nos procurou e disse que está disposto a colaborar”, acrescenta ele.
O JG apurou que, de fato, o empresariado tem interesse em participar da reestruturação do Sorocabana, desde que a gestão passe a ser feita por profissionais com experiência em administração hospitalar.
Segundo Simião, a decisão de não receber pacientes foi tomada pela diretoria clínica do Sorocabana, diante da falta de recursos para pagar médicos e enfermeiras. Quanto à situação financeira do hospital, Simião não soube informar com exatidão o valor da dívida da instituição. “Garanto que não está na casa dos R$ 200 milhões”, disse ele, afirmando apenas que o passivo é superior a R$ 100 milhões.
Em relação ao empréstimo de R$ 15 milhões feito em março, o presidente do Sorocabana afirmou que metade desse valor foi usado para liquidar empréstimos anteriores, dívidas acumuladas e para por em dia os salários. “Tivemos o aval da Secretaria para tanto”, afirmou.
O empréstimo está sendo pago em parcelas mensais de R$ 400 mil (com sequestro automático de verbas liberadas pelo Sistema Único de Saúde). Acontece que os repasses do SUS pela Prefeitura, nos últimos meses, foi em torno de R$ 500 mil, o que deixa o hospital da Rua Faustolo com pouco oxigênio para se manter em operação.
Simião confirmou, ainda, que seu filho é o atual gerente de suprimentos do Hospital.

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