Diálogo e parceria

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A participação do presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mário Marurici de Lima Morais, na série de encontros À Mesa com Empresários, iniciativa da Página Editora (responsável pelo Jornal da Gente), Buffet Moreno´s e Espaço Armazém, pode ser avaliada sob diferentes ângulos.
Parte dela tem um perfil de novidade, com a revelação de informações importantes até então desconhecidas. Uma delas é que em parceria com a Universidade Mogi das Cruzes – Campus Villa-Lobos, a Ceagesp, dentro do entreposto da Vila Leopoldina, inaugurará já 2012 cursos na área do Ensino Superior.
Outra informação passada por Maurici dá conta de um aspecto administrativo relevante: a passagem do controle da empresa do âmbito estadual para o federal feita em 1997 ainda hoje não foi finalizada. Essa transferência incompleta tem impacto direto na administração do entreposto da Ceagesp localizado na Vila Leopoldina, uma vez que o aporte de recursos por parte do governo, por conta de aspectos legais, fica comprometida. Isso explica, em parte, as dificuldades da gestão Maurici e de seus antecessores, em implantar obras de modernização da maior central de abastecimento da América Latina (700 mil metros quadrados).
Também merece destaque a confirmação de que a Ceagesp não deixará, pelo menos no curto e médio prazo, a Vila Leopoldina. A transferência, se um dia vier a acontecer, é algo que, segundo Maurici precisará ser avaliado não só pelo governo, mas também pela comunidade, que terá que ponderar sobre os impactos de um novo empreendimento no local.
E ao falar dos impactos negativos que o entreposto causa na região, o presidente da Ceagesp lembrou que eliminar as caixarias (depósitos de caixas de madeira em pleno passeio público) é uma tarefa complicada, sem solução imediata à vista, pois o ideal seria substituir os engradados de madeira por caixas plásticas, que custam muito caro o que causaria sério problemas ao produtor.
Maurici, ao responder as perguntas dos convidados sobre problemas sociais no entorno da Ceagesp, pareceu sincero e verdadeiro ao afirmar que a empresa, por um lado, reconhece suas responsabilidades, mas por outro descarta ser considerada a responsável pelo complicado e grave cenário local.
Ao concluir suas considerações, o presidente da Ceagesp disse que acredita ser possível superar esse quadro problemático a partir de ações envolvendo a empresa, as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e a sociedade civil (empresas, entidades e comunidade organizada). O convite ao diálogo foi feito, resta saber quem está disposto a seguir adiante.

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