Diálogos com a Sub

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Os bastidores da política paulistana, em particular a arena que coloca o PPS como partido da base governista, adiaram por quase três anos a vontade manifesta do prefeito Gilberto Kassab em colocar no gabinete principal da Rua Guaicurus, 1000, um oficial PM da reserva.

O relacionamento de confiança entre Kassab e o presidente municipal do PPS, Carlos Fernandes, somado à habilidade política de ambos, permitiu que Soninha Francine (hoje pré-candidata do PPS à Prefeitura) e o próprio Fernandes atuassem, durante 33 meses, como gestores da Subprefeitura da Lapa, uma das três mais cobiçadas no campo da administração regional. Sem que houvesse qualquer problema de quebra de confiança entre a cúpula do PPS e o prefeito, chegou, no entanto, o momento de Kassab colocar um coronel PM aposentado no comando da Sub Lapa. Trata-se de Ademir Aparecido Ramos, que na atual gestão kassabista já teve a oportunidade de comandar outras duas subprefeituras: São Mateus e Ermelino Matarazzo, realidades completamente distintas do panorama que, a partir deste mês de janeiro, Ramos começa a vivenciar.

E será uma vivência com data de validade de, no máximo, 12 meses, uma vez que em janeiro de 2013, um novo prefeito governará São Paulo, trazendo consigo novos gestores locais. Tal circunstância evidentemente não está sendo ignorada pelo coronel Ramos, que, no entanto, é capaz de transmitir uma mensagem que, no primeiro e breve contato com este jornal (na sexta-feira, 6), nos pareceu absolutamente verdadeira e sincera: sua intenção é estar ao lado da comunidade, sempre, quer nos momentos de trabalho ou durante atividades festivas e de confraternização.

Ramos revela que atuar em sintonia com a comunidade foi uma determinação direta do prefeito Gilberto Kassab. A ordem vinda de cima, não é algo que tenha sido dirigido com exclusividade ao novo subprefeito da Lapa. É de se supor que essa mesma orientação tenha sido passada aos outros 30 subprefeitos. Mas como Kassab tem um relacionamento direto e consolidado com a comunidade lapeana, algo que vem desde os tempos de sua atuação como vereador, a sinalização dada por ele ao novo subprefeito tem evidentemente peso e significado especiais.

Historicamente, as comunidades locais, nesse espaço geográfico de 40,1km² que hoje chamamos de Subprefeitura da Lapa, lutam pelo direito a uma gestão participativa do ponto de vista regional, algo impossível de se concretizar se não houver um diálogo franco entre subprefeito e a população.

Nas gestões de Carlos Fernandes e Soninha Francine a conversa franca e direta norteou esse tipo de relacionamento e abriu espaço para importantes conquistas em termos de serviços e equipamentos. Espera-se que nos próximos 12 meses de gestão Ramos a ponte Guaicurus, 1000 e a comunidade continue alicerçada na dialogia.

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