Aos candidatos

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A legislação eleitoral obriga José Serra (PSDB), Soninha Francine (PPS), Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB) e Celso Russomano(PRB) a agirem como pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, mas isso não  impede que eles mantenham contato com a população para uma fundamental troca de idéias.
A série de encontros À Mesa com Empresários, uma iniciativa da Página Editora, Espaço Armazém e Buffet Moreno´s, com apoio do Jornal da Gente e do Portal TudOeste, passa, a partir da segunda-feira, 23, a ouvir os principais personagens que se habilitam à sucessão do prefeito Gilberto Kassab. Quem abre a sequência de encontros organizados no formato almoço-palestra é o peemedebista Gabriel Chalita.
Nascida com o objetivo de tratar assuntos macros com recortes locais, À Mesa com Empresários apresenta-se como palco ideal para colocarmos aos candidatos questões relevantes no que diz respeito ao presente e ao futuro dos bairros da gente.
Uma delas envolve o papel das subprefeituras na Cidade e o perfil dos subprefeitos. Este jornal, há tempos, defende um modelo de Subprefeitura muito diferente do que o atual, onde o subprefeito foi reduzido a mero zelador urbano. Numa cidade onde tudo é superlativo, fica evidente que a gestão pública precisa cada vez mais ser descentralizada. Isso aponta para a volta do modelo original das Subprefeituras, idealizado e tornado lei na gestão da prefeita Marta Suplicy (2001-2004).
Que se busque uma ou outra forma de melhoria no modelo inicial é natural e compreensível. Que se queira evitar que as 31 subprefeituras se transformem em feudos de vereadores é extremamente pertinente e justo. Mas reduzir as subs a instâncias que tratem basicamente de podas de árvores, recapeamento e fiscalização do zoneamento, é ir na contramão do desenvolvimento urbano paulistano. Ele, por si só, impõe um duplo desafio a quem quer ser prefeito da maior cidade da América Latina: pensar e planejar soluções de caráter macro com um efetivo planejamento urbano local, descentralizado em 31 subprefeituras.
Ao defendermos tal tese, ponderamos, também, que o subprefeito tenha um perfil que se enquadre em três premissas: experiência em gestão pública; conhecimento profundo do território da subprefeitura que passará a administrar não como zelador, mas sim como gestor do planejamento urbano regional e capacidade de articular o diálogo com diferentes esferas comunitárias. É com esse gestor público, apoiado em coordenadorias estruturadas tecnicamente e não politicamente (obras, assistência social, educação, etc), que as comunidades locais deveriam discutir as principais demandas da região: desde a simples poda de uma árvore até as complexas implicações de uma Operação Urbana.

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