Árvore dos valores

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Pelo segundo ano consecutivo, uma árvore de Natal estilizada foi colocada na Praça John Lennon para a celebração da 14ª edição do Natal Comunitário, que congregou centenas de pessoas durante os dias 7, 8 e 9, numa iniciativa do Consabs Lapa, com apoio da Região Episcopal Lapa, empresas, escolas, entidades, Prefeitura, GCM, PM, e Jornal da Gente. Gentilmente cedida pelo Colégio Santo Ivo, a árvore tinha uma decoração simbólica: “tronco” e “galhos” sustentavam “flores” e “frutos”, que surgiam na forma de caixas de leite longa vida (doadas a instituições beneficentes) e bilhetes indicando valores humanos como solidariedade, justiça, fraternidade, respeito, amizade, entre outros. Colocada ao lado de um presépio – cedido prontamente por monsenhor Tarcisio Loro, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima da Vila Leopoldina e com decoração organizada pelo grupo de escoteiros Quarupe –, a Árvore dos Valores acrescentava à festa cristã do nascimento de Jesus um espírito ecumênico com mensagens enraizadas no credo cristão e em outras religiões, mas de cunho totalmente universal.O cenário árvore-presépio criado na Praça John Lennon, cujo formato circular convida permanentemente para o encontro entre pessoas, propiciava uma dupla leitura desse evento comunitário idealizado pelo saudoso Boneli. A poucos dias do Natal, numa interpretação cristã, o Menino Jesus na manjedoura aos cuidados de sua mãe, Maria, e de seu pai, José, apontaria para a importância do núcleo familiar como sustentáculo da vida em comunidade. Seus braços abertos querem acolher homens e mulheres de todas as nações convidando-os a viver à luz das mensagens expressas na Árvore dos Valores.Numa leitura laica, a imagem de um recém-nascido, colocado em Praça Pública, no mês de dezembro, ao lado do pai e da mãe permaneceria como símbolo da família, importante fundamento da vida em sociedade. A Árvore dos Valores, por sua vez, poderia ser interpretada como espelho da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento da ONU assinado em 10 de dezembro de 1948. O Artigo I da Declaração sustenta que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.As duas interpretações reforçam uma tese: o Natal é festa cristã, mas seu espírito tem caráter universal e pode ser acolhido por qualquer pessoa. 

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