Reabrindo diálogo

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Não é de hoje que a comunidade sofre com a falta de leitos e de um atendimento referência pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por várias vezes o assunto foi abordado em editorial do Jornal da Gente chamando atenção das autoridades municipais para o problema. Se com o Sorocabana funcionando já era difícil, depois do seu fechamento em 2010, a situação piorou, e muito.A promessa de reabertura do ex-prefeito Gilberto Kassab não vingou. Ficou só na intenção.  Em entrevista ao JG, o secretário adjunto de Kassab, José Maria Orlando, disse que “na reunião com a equipe de transição (do prefeito eleito Fernando Haddad), um dos assuntos tratado foi o Hospital Sorocabana. Em final de gestão, Orlando disse: existem situações que não se consegue atingir plenamente as expectativas. Por dificuldade de verbas, o projeto do novo hospital Sorocabana não pode ser realizado. Para colocar o Sorocabana em pleno funcionamento, com 180 leitos, era preciso, segundo ele, de R$ 100 milhões, praticamente o preço de um novo hospital. Orlando já acenava a necessidade de realizar uma parceria com o governo estadual e até com o federal para colocar o Sorocabana em funcionamento.Com a cobrança da comunidade sobre a reabertura do hospital da Rua Faustolo, uma comissão do Fórum de Saúde Lapa Pinheiros, formada por conselheiros da região, entre eles a moradora da Vila Romana, Berto Morais, pediram um encontro com o atual secretário de Saúde José de Filippi Junior, para cobrar uma posição. Mas quem recebeu o grupo na sexta-feira foi o secretário adjunto Paulo de Tarso Puccini. A preocupação dos conselheiros é que o Sorocabana seja transformado em hospital de retaguarda do Hospital das Clínicas, sem atendimento a comunidade, como já havia alertado o vereador Paulo Frange, no ano passado.Na encontro, Puccini afirmou a intenção de transformar o Sorocabana em um hospital geral, ou seja, de porta aberta para a comunidade. A notícia, ainda que remota, foi comemorada. Falta concluir o processo de municipalização iniciado no ano passado quando o governado Geraldo Alckmin e o prefeito Kassab assinaram o termo de uso pelo município. Também será necessário fazer obras de modernização para readequar as instalações para voltar a atender o público. Berto também pediu ao adjunto que finalize o processo de municipalização. O grupo saiu otimista do encontro. Puccini vai discutir uma proposta com o Estado, assim como queria o adjunto de Kassab, para viabilizar a reforma total do prédio. O adjunto marcou prazo de 20 dias para um novo encontro com a comissão para apresentar o resultado da discussão com o secretário de Saúde do Estado.  Tomara que dessa vez dê certo. De qualquer forma, o diálogo está reaberto com a Saúde. 

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