Ensaio do manifesto

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A sexta-feira foi de apreensão na região da Lapa, Pompeia e Leopoldina, por conta de informações sobre manifestações que chegariam à região. Desde as primeiras horas da manhã, comerciantes e empresários da Lapa aceleraram os trabalhos por conta dos boatos.

Um ensaio de manifesto foi registrado pela Polícia Militar na Vila Leopoldina.  No fim da manhã um grupo passou pela Avenida Imperatriz Leopoldina e atingiu a Rua Guaipá onde encontraram a polícia e logo se separaram. A informação é do 4º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana.  Muita boataria, resumiu o Subprefeito da Lapa, Ricardo Pradas. Segundo ele, os funcionários ficaram receosos com tantas informações desencontradas. Quem quis, pode sair mais cedo, mas o executivo conta que permaneceu no gabinete da Rua Guaicurus 1000, até o final do expediente e nada de manifestação.

As informações eram que os manifestantes viriam pela Avenida Edgard Facó, outras pelo Viaduto Pompeia e acabariam em frente à Subprefeitura Lapa.  Pradas chegou a consultar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que é a primeira a receber as informações quando existe algum protesto de bloqueio no trânsito e foi informado que havia manifestações na Avenida Edgard Facó, em Pirituba, e na Avenida Petrônio Portela, na Freguesia do Ó.

A Subprefeitura detectou a existência de uma grande quantidade de pneus próximos à Ponte da FEPASA, na altura do Jaguaré, que foram recolhidos para evitar possíveis bloqueios na Marginal. Até o final da tarde, nenhuma passeata aconteceu na região, mas a boataria alterou a rotina do comércio. Em meio às incertezas, por volta das 16h30, na Doze de Outubro, principal rua do centro comercial da Lapa, muitos lojistas baixaram as portas temendo depredações e saques como os ocorridos no centro da Cidade e em outros locais dos Estados. Anoiteceu sem nenhum protesto dentro da região.

A presidente Dilma Roussef fez pronunciamento em cadeia Nacional para dizer que está ouvindo a voz das ruas. Dilma fez referência a grupos que se infiltraram nos manifestos para promover quebradeira com prejuízos ao patrimônio público e privado. A presidente lembrou que todos têm direito e liberdade de lutar por mudanças, mas é preciso que seja de forma ordeira.

Uma coisa é certa, o povo está descontente e quer muito mais do que uma tarifa mais justa. Depois de conseguir a redução da passagem do transporte público, os protestos ganharam novas bandeiras como a luta contra a corrupção e mais investimento na educação, saúde, habitação, enfim qualidade de vida. Temas que fazem parte da preocupação de entidades da região e tem sido motivo de matérias recorrentes no Jornal da Gente há um bom tempo.

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