Debatendo a inclusão social

0
942

Terminou sexta-feira a X Conferência Municipal de Assistência Social que discutiu as diretrizes para gestão e financiamento do Sistema Único da Assistência Social (SUS) para o município, no Anhembi. O evento é realizado a cada dois anos para discutir e avaliar a Política Municipal de Assistência Social, além de elaborar propostas para o próximo biênio.A expectativa da comunidade da area da Subprefeitura Lapa, principalmente da Vila Leopoldina, é que agora a secretária de Assistência Social, Luciana Temer, encontre um espaço na agenda para circular pelas ruas do bairro e conhecer a realidade dos excluídos que se multiplicam a cada dia. Políticas existem, mas é preciso que elas sejam aplicadas com eficiência para amenizar o problema.

Enquanto o poder público se mantém distante de solucionar a questão, a comunidade da Leopoldina começa a se reunir para criar um fórum para inclusão desta população. É que o bairro concentra quase metade dos moradores de rua de toda area da Sub Lapa. O grupo liderado pelo assessor do deputado estadual, Luiz Claudio Marcolino, Adaucto Durigan, inclui representantes do Instituto Rogacionista, que administra o único albergue que atende os moradores de rua na região, a Igreja Batista Palavra Viva que desenvolve projeto voltado para esse público e abre as portas para as reuniões, além do suprefeito da Lapa, os conselheiros e o médico da UBS Parque Lapa, especializado no atendimento de morador de rua, diretoria do Consabs, assessores de vereadores e moradores. Todos unidos em torno de um projeto de inclusão efetiva da população de rua  na vida social com encaminhamento para o mercado de trabalho, amplo atendimento de Saúde, Assistência Social e Direitos Humanos. 

Aliás, vale ressaltar a iniciativa da Associação Aviva e a Igreja Batista Palavra Viva que promoveu no domingo o segundo Aviva Leopoldina, voltado para a população em situação de rua e comunidades carentes da Leopoldina. Na programação estavam apresentações musicais, recreação infantil e vários serviços que foi de atendimento médico a higiene e beleza, almoço, lanches além de outros atendimentos como o do Projeto Reviva para dependentes químicos. Muitos saíram do evento transformados, pareciam outra pessoa depois do banho e dos cuidados com a aparência e o corpo. Outra iniciativa louvável acontece no vizinho bairro de Pinheiros. Alguns moradores fazem o Cabide Solidário, onde cabides são colocados em tapumes de obras e as pessoas passam e deixam suas doações. A ideia é tão boa que deve prosperar além do período do inverno. 

Tomara que com o fim da Conferência Municipal, a secretária ou mesmo seus assessores mais próximos passem pela região para ver o que ouvem falar. Conversar com esses moradores de rua lhes daria outra visão da realidade e da urgência de atendimento daqueles que de alguma forma, seja pelo desemprego, pobreza, álcool, drogas ou conflitos familiares, foram excluídos do convívio social.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA