Copa: Ganhos e perdas

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Foram-se as esperanças, sucumbiram às emoções e sobraram as contas para pagar das vendas que não aconteceram e das horas não trabalhadas. Sobraram estádios que precisam gerar receitas para pagar seus custos. Desde o início houve muita euforia com os ganhos da Copa para a posteridade e pouca capacidade de gerenciamento do imenso pacote de realizações. Triste realidade para o empresariado e trabalhadores que estarão sendo chamados em breve para doar do seu esforço próprio, através de impostos, os recursos necessários para pagar as contas que começarão a chegar turbinadas por uma monstruosa conta de juros. O valor final, a pagar, poderá chegar a duas vezes o custo previsto das obras contratadas. A maioria dos atuais governantes não vai estar nos cargos no futuro para honrar os compromissos assinados. A inflação estourou o teto da meta. O setor industrial vai ao terceiro mês de crescimento negativo. A expectativa é redução dos preços e o aumento do consumo. A cultura inflacionária no Brasil é sempre para cima. A Copa termina com uma conjuntura de situações desfavoráveis como as acusações de corrupção. Indústria e comércio contabilizam perdas de faturamento com 25 a 30% em relação a períodos anteriores. O PIB previsto para crescer 3,5% caiu para 1%. Com uma menor atividade econômica a arrecadação cai. Os agentes econômicos demitem. Os custos assistenciais crescem. O governo acumula déficit na balança de pagamentos e no superávit primário. Estão minados os fundamentos básicos de nossa economia que vinha tão bem nos últimos treze anos.

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