Leilão de CEPACs arrecada|9% do previsto

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Vereador Police Neto esclarece resultado negativo na venda das CEPACs

“O primeiro leilão de Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção da Operação) da Operação Urbana Consorciada Água Branca foi ruim”, avalia o vereador José Police Neto. Para o parlamentar, as incertezas no cenário econômico e a desaceleração da atividade na construção civil fez com que o leilão de títulos sofresse desvalorização.

Para o Police, o governo errou ao permitir a divulgação de uma intervenção fora da operação urbana.  O vereador se refere ao projeto de construção da ponte que vai ligar Pirituba a Lapa pela Avenida Raimundo Pereira de Magalhães. No leilão organizado pela Bolsa de Mercadorias e Futuro da Bovespa, a Prefeitura ofereceu 50 mil títulos residenciais, por R$ 1548 cada, e 8 mil não residenciais, por R$ 1769,00 cada um.  Sem interessados, os Cepacs não residenciais encalharam. Foi registrada a negociação de 6 mil títulos residenciais (dos 50 mil do leilão) pelo preço original, devido à baixa procura. “O mercado da construção civil não está aquecido então ninguém compra (Cepacs), e o resultado é ruim”. 

Police acredita que a situação foi agravada pelo cenário nacional e a crise dentro do PT, partido do governo federal e também municipal.

A compra de Cepacs permite aos investidores construir acima do permitido no zoneamento, explorando áreas como Lapa, Água Branca, Perdizes e Barra Funda. “Com o valor arrecadado, a Prefeitura investiria em obras de melhoria para diminuir os impactos das construções na área da operação”.

Para Police, as expectativas em relação aos melhoramentos na área da Operação começam a se desfazer com a baixa busca por Cepacs. “A explicação é simples.: a ponte Pirituba/Lapa – obra importante e prometida há anos – foi incluída de última hora nesta Operação Urbana. O problema é que ela não tem relação direta com operação. Assim, o Executivo pode estar matando a galinha dos ovos de ouro porque desestimulou os compradores de Cepacs aos obrigá-los a contribuir para a construção de uma obra, muito importante, mas que tem muito pouco a contribuir com o desenvolvimento da região da operação. Sem o dinheiro dos Cepacs, não tem ponte”, conclui Police Neto.

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