A celebração da Paz-coa

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A Páscoa nos traz a realidade de Deus que não é indiferente aos sofrimentos da humanidade. Esse mistério-realidade trazido pela Páscoa tem consequências concretas para a convivência.

Todos nós fomos criados para a paz e não para a guerra. Isso nos obriga a optar por práticas e por políticas que evitem o conflito entre pessoas e grupos sociais. O debate e o diálogo é a única estratégia aceitável para a superação dos conflitos.

A paz é um bem indivisível. Ela não é uma mercadoria que possa ser feita em pedacinhos para que cada um tenha a sua paz. Ou ela é possuída por todos ou não é possuída por ninguém. Assim impor a segurança em detrimento de grupos sociais desprotegidos não constrói a paz autêntica e duradoura.

A paz só é possível quando buscamos o bem do outro. O promotor da paz procura o bem do outro, que já está presente nele e que deve ser reconhecido,e cuidado.

A paz é uma ordem de tal modo vivificada e integrada pelo amor, que as necessidades e exigências alheias são sentidas como próprias. É uma convivência na qual cada um faz o outro participar dos próprios bens.

Nesse sentido, gostaria de louvar a iniciativa do Fórum Social da Vila Leopoldina que surge como objetivo de unir as entidades sociais, os movimentos, as associações, as igrejas, os órgãos públicos e os moradores de rua para dialogar e encontrar soluções de paz para a boa convivência dos cidadãos.

Dom Julio Endi Akamine é bispo-auxiliar de São Paulo e Vigário Episcopal da Região Lapa 

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