Linha de transformação

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A região ganha novo cenário com a desapropriação de imóveis para a construção Linha 6-Laranja do Metrô. A expectativa de investidores é que a obra provoque uma grande metamorfose na região. Quem sobe a escadaria de acesso a passarela da Rua Santa Marina com Menfis, próxima a Rua Guaicurus, tem uma noção da transformação que irá acontecer no trecho. O prédio que abrigava uma empresa até pouco tempo já foi demolido. A área está reservada para receber um dos canteiros da Linha de Metrô que terá mais de 15 quilômetros e 15 estações em toda extensão. Cinco estações serão na região da Subprefeitura Lapa: Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes e PUC.

A obra foi iniciada pelo governador Geraldo Alckmin, em abril, no canteiro próxima a Marginal, do lado da Freguesia do Ó. De lá um tatuzão vai partir perfurando o túnel interligando cinco estações até a Brasilândia. Do lado da Lapa, a área junto a Marginal terá um poço de ventilação onde outro tatuzão seguirá em direção a Estação São Joaquim. No caminho está a área da Avenida Comendador Martinelli e Ermano Marchetti que dará lugar a estação Santa Marina, depois tem a Estação Água Branca que será ampliada para conexão das linhas da CPTM e do Metrô.

Outro ponto em ebulição é a confluência da Avenida Pompeia com Rua Venâncio Aires. O posto de gasolina em uma das esquinas já foi desapropriado e cercado por tapumes. Máquinas e trabalhadores desmontam a estrutura. A área do antigo posto vai abrigar um dos canteiros da obra.  Na área maior, vizinha ao Sesc Pompeia, será uma das estações batizada com o mesmo nome do clube. Outras áreas na Vila Pompeia e Perdizes e em todos os 15 quilômetros estão em desapropriação.

A Linha 6 é a primeira PPP (Parceria Público-Privada) completa do país. A obra será totalmente subterrânea.Pela PPP, o setor privado constrói a obra, compra os trens, faz a parte de energia, de motorização e opera por 19 anos. 

Quando entrar em operação, a Linha oferecerá pontos de conexão com a rede metroferroviária dentro e fora da região: com a Linha 7-Rubi e Linha 8-Diamante (na Água Branca) além da Linha 4–Amarela (Higienópolis/Mackenzie) e Linha 1-Azul (São Joaquim). Serão 32 frentes de trabalho, divididas em 15 estações, 17 postos de ventilação e um pátio de trens. Serão gerados perto de nove mil novos postos de trabalho diretos e indiretos. Após a conclusão, a linha 6 deverá transportar 633 mil pessoas por dia.

Se tudo der certo, sem paralisação ou ação judicial, a Concessionária Move São Paulo (formada pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e Eco Realty Fundo de Investimentos), ganhadora da licitação do governo do Estado e responsável pela construção e operação da Linha 6-Laranja de Metrô, deve entregar a obra completa em 2020. Na região, proprietários investem em melhoria dos imóveis de olho na valorização e na transformação que começa acontecer na região. 

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