Crise e insatisfação

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Durante toda semana, o assunto foi a crise política e econômica que atinge o País, a Cidade, o bairro, agravada pela delação do senador Delcídio do Amaral com denúncias envolvendo o nome da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Empresários da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) e outras instituições de peso pedem a renúncia ou impeachment da presidente da República.

A voz das ruas era uma só durante a manifestação de domingo na Avenida Paulista. Empresários do comércio e indústria, famílias, pessoas comuns e até moradores de rua se juntaram a mutidão que pintou a avenida de verde-amarelo em busca de Justiça para o povo que sofre as consequências de tanta corrupção e descaso.

A manifestação foi um ato de cidadania. Pessoas marchavam e cantavam o Hino Nacional em busca de um novo rumo para todos. Quem esteve por lá pode constatar. O movimento pró-impeachment e a favor do Juiz Sérgio Moro entrou para a história como a maior de todos os tempos, ultrapassando até mesmo as Diretas Já (1985).

Antigos e novos moradores da região da Lapa, Vila Leopoldina, Vila Romana, Perdizes e Pompeia lutavam pelo mesmo objetivo: combater a corrupção que começou nos cofres da Petrobrás e se alastra por outros setores do governo federal, afetando investimento em areas fundamentais para a população como Saúde, Educação, Moradia.
Como diz a música de Roberto Carlos, eles estão surdos. Não ouviram a voz das ruas. Na quinta-feira, a presidente Dilma agravou a situação com o anúncio da posse do ex-presidente Lula (com nome envolvido na Lava jato) como ministro da Casa Civil numa tentativa de blindá-lo de um possível pedido de prisão pelo do Juiz federal Sérgio Moro que conduz a Operação Lava Jato.

A Fiesp e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo manifestaram posição a favor da renúncia da presidente Dilma.
Petistas que eram presença frequente em reuniões, essa semana não foram vistos nos encontros da comunidade. Na sexta-feira foi a vez de admiradores do ex-presidente e de Dilma pintarem a Paulista de vermelho (cor do partido). Lula participou da manifestação. Segundo dados divulgados por organizadores, o ato pró-Dilma e Lula reuniu cerca de 250 mil pessoas. Menos que os cerca de 3 milhões de domingo. Isso mostra que tem mais descontentes do que gente apoiando o governo petista.

Na noite de sexta-feira o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula. A decisão foi proferida em ação apresentada pelo PSDB e pelo PPS. O ministro identificou intenção de Lula em fraudar as investigações na Operação Lava Jato. Gilmar Mendes também determinou que a investigação do ex-presidente seja mantida com o juiz Sérgio Moro.

É preciso uma definião. Com tantas denúncias, as declaração mais comum em conversas do bairro é “não se aguenta tanta corrupção”. A insatisfação é geral.

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