Encontro busca definição para futuro de albergue emergencial

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Foto: Ana Paula Ferreira

Ana Paula Ferreira
Secretária adjunta Cristina Cordeiro se comprometeu a intensificar segurança na região

O futuro do antigo Centro de Convivência para crianças e adolescentes Paulo de Tarso foi tema da reunião entre moradores da Vila Anastácio, o vereador Eliseu Gabriel e a secretária adjunta de Desenvolvimento e Assistência Social, Cristina Cordeiro, na segunda-feira (25). O encontro foi marcado por novas reclamações de moradores por causa do albergue emergencial que hoje ocupa o espaço. Além da secretária adjunta, participaram da reunião a coordenadora da Proteção Social Básica do município de São Paulo, Sandra Vanderci, e a supervisora da Assistência Social da Lapa (SAS – Lapa), Cleide Leonel Amaro Mendes.

A moradora da região Patrícia Toth relatou que no domingo (24) sua irmã foi atacada por um homem que saiu do albergue com faca, quando estava a caminho da igreja, às 19h. Outro dia, um rapaz que deveria estar no centro de acolhida foi à igreja, também com faca, e ameaçou as pessoas. “Entendo que é uma emergência. Estamos falando de seres humanos. Mas cadê nossa segurança? Eles estão atacando nós que nem tínhamos esse tipo de problema”, questionou.

“Eles falam que não estão nem tomando café da manhã. A perua vem, ‘larga’ aqui e vai embora. Depois, de manhã, abre a porta e os coloca pra fora sem roupa, alimentação e banheiro, porque a praça (Mataúna) virou banheiro público. Aqui virou um descarte de pessoas”, completou a moradora Regina Isabel Guedes Starck. Já Neide de Oliveira fez uma representação no Ministério Público sobre o problema.

Diante dos pedidos para que as atividades do albergue fossem encerradas, Cristina esclareceu que o serviço de acolhimento vai só até o dia 15 de setembro e se comprometeu a acionar a Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana para intensificar a segurança e reforçar a entrada e a saída dos albergados. Já sobre os moradores não receberem café da manhã, a coordenadora rebateu a fala de Regina: “Não é verdade. Eu lhe convido a ir às 6h lá e a senhora vai ver o café da manhã servido, assim como tem o jantar, cama, cobertor e banheiro”.

A proposta para os moradores – após o encerramento das atividades do albergue emergencial – é que o prédio passe a dar espaço a um serviço intergeracional, com atendimento para crianças, jovens, adultos e idosos. “Para implantarmos esse serviço precisamos comprovar a demanda. Então vocês precisam se mobilizar para ter uma resposta até o dia 15 (de setembro) para saber se a proposta pode ser trabalhada”, explicou Cristina. (APF)

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