Intervenções

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A cidade está em constante mudança e as intervenções fazem parte da sua dinâmica. Muitas delas são causadas pelos próprios moradores, que podem ser positivas ou negativas. O descarte irregular de lixo não deixa de ser uma intervenção, bastante prejudicial, causada por pessoas que, no mínimo, não têm consideração pelo bairro em que vivem e seus vizinhos.

Mas outras são bem positivas, como as pinturas e mensagens da Tia Angela (que por sinal celebrou mais um ano de vida no último dia 30), a composteira comunitária da Praça Doutor Otávio Perez Velasco, as atividades culturais e ecológicas na Praça da Nascente e o grafite que a Prefeitura Regional da Lapa tem disseminado pela região.

As intervenções do artista plástico Rodrigo de Morais Machado também se inserem neste contexto. Além de colocar casinhas de pássaros pela região, ele dedica seu tempo e habilidade para realizar consertos e serviços gerais, de forma voluntária, como arrumar gangorras, ajustar lixeiras e fazer reparos em pontos de ônibus. Se mais pessoas tivessem essa boa vontade com certeza os bairros seriam melhores.

Outra intervenção dele que ganhou destaque é a estrutura instalada na Vila Ipojuca que sim, está ligada à divulgação de um empreendimento. Muitas pessoas criticam a verticalização dos bairros, ao invés da preservação de casas antigas, e dizem que tudo era melhor quando o transporte era feito com bondes, os córregos não eram canalizados e a cidade era, na verdade, outra. Mas esse processo de transformação é inevitável. O investimento das construtoras e incorporadoras em bairros como a Vila Anastácio, Vila Leopoldina e Vila Ipojuca ocorre não só com vistas ao lucro que o empreendimento irá gerar, mas porque existe sim uma demanda. Moradores que nasceram aqui vão conviver com os novos que chegarem. Isso não é ruim, é natural. Se, acompanhado desses novos prédios, for possível ver mais arte e melhorias para a região, seja por marketing ou pelas obrigatórias contrapartidas, melhor.

E se intervir é o tema, a hora de agir é agora, ou melhor, no próximo sábado, quando acontece a primeira audiência pública regional para discutir o orçamento de 2019. A resposta de que não tem orçamento previsto para uma ou outra ação vem sido dada desde os primórdios da gestão pública. Então é preciso participar. Apesar de todos terem semanas puxadas no trabalho ou terem tarefas para realizar no sábado de manhã é preciso questionar e cobrar para que no próximo ano seja possível conquistar as melhorias tão desejadas para a região.

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