Prefeitura rica, cidadão pobre

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Em plena crise gerada pela pandemia, a Prefeitura acumula resultado recorde em receita, com R$ 39,4 bi de receita, 6,1% maior que o mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação. Além da ajuda federal na forma de verbas emergenciais e suspensão de pagamentos de dívidas, o bom resultado da Prefeitura também se deve, por incrível que pareça, em recordes de arrecadação em especial dos dois principais impostos municipais, IPTU e ISS.

Com a maior arrecadação do IPTU e ISS dos últimos dez anos, a Prefeitura amplia a sangria de uma população que, em todos os seus segmentos, vive momentos de extrema dificuldade. Enquanto o desemprego bate a casa dos milhões e milhares de pequenos negócios fecharam ou estão fechando por conta dos efeitos da pandemia, a Prefeitura aperta o nó da forca com estes aumentos de impostos.

E o que faz a Prefeitura com todo este enriquecimento em meio ao empobrecimento geral? Simplesmente guarda no cofre com rendimentos irrisórios. Quase a metade do resultado recorde, R$ 17,88 bi, simplesmente estão em caixa, R$ 6 bi a mais do que no ano passado já foram entesourados.

À falta de visão de não usar estes recursos para financiar ações que pudessem gerar empregos e reativar a economia, a Prefeitura adiciona a extrema mesquinhez de insistir em continuar cobrando IPTU e o preço público dos TPUs (Termos de Permissão de Uso) de quem não pode exercer a atividade por determinação da própria Prefeitura.

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