Entidades discutem criação de movimento contra a fome na região

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Foto: Divulgação

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Reunião para discutir ação de arrecadação de alimentos que irá ocorrer em maio

Sendo uma das necessidades mais básicas de todo ser humano, a alimentação tem sido um dos temas de destaque nas últimas semanas. Isso porque 116,8 milhões de pessoas estão com algum nível de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil, segundo um levantamento feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Dados do IBGE apontam que o agravamento da fome no país já se revelou antes mesmo da pandemia, com quatro em cada dez famílias em insegurança alimentar. No atual cenário de alta do desemprego e restrições essa situação pode se tornar ainda mais grave.

Com a urgência de unir as lideranças da região para atuar em prol de quem mais precisa, na quinta-feira (8) foi realizada uma reunião na Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Vila Leopoldina, com participação do Padre Messias de Moraes Ferreira, Luiz da Silva Filho, diretor-presidente da União Fraterna, Dra. Marina Medalha, advogada, ex-presidente e conselheira vitalícia da Associação dos Advogados da Lapa (AAL) e o Jornal da Gente. O objetivo do grupo é unir toda a comunidade da Lapa, Vila Leopoldina e demais bairros do território para criar uma grande campanha de arrecadação de alimentos de cesta básica que serão doados para pessoas em situação de vulnerabilidade na região. Será realizada uma live para divulgar a ação que prevê a criação de um drive-thru na União Fraterna em maio para o recebimento das doações.

O Padre Messias, que em fevereiro foi escolhido como presidente da AGES – Associação Civil Gaudium et Spes, responsável por dez instituições de acolhimento de crianças e jovens, e o Padre Tarcísio Justino Loro têm um forte trabalho social para atender as pessoas mais vulneráveis. Uma dessas atuações de apoio foi feita em parceria com a Capela São Joaquim e Santa’Ana do Jardim Humaitá. Há dois anos a capela realiza o preparo de quentinhas para pessoas em situação de rua que eram servidas no local. Com a pandemia, as marmitas passaram a ser distribuídas em locais como o entorno da Ceagesp, Ponte dos Remédios, Terminal da Lapa, Praça Cornélia, entre outros. “O Padre Messias e o Padre Tarcísio deram visibilidade ao nosso trabalho e a capela passou a ser chamada carinhosamente de Capela Samaritana. Preparávamos 100 refeições e conseguimos ampliar para 150. Além de levar alimento e uma palavra de fé, queremos fazer com que essas pessoas se sintam dentro da sociedade e não à margem dela. Queremos aumentar esse trabalho dentro da nossa realidade e possibilidade”, conta Ângelo Apro, voluntário da capela.

O grupo precisa receber mais alimentos para continuar o trabalho e quem quiser contribuir pode levá-los até a Rua Ministro Silva Maia, 40, no Jardim Humaitá, de segunda a sábado das 13h às 17h, ou aos domingos das 8h às 12h. A capela está fechada por conta das restrições da pandemia, mas Ângelo, que é vizinho, ou outros voluntários vão até o local para receber as doações. Quem for doar os alimentos pode agendar através do telefone (11) 94482-9080. Caso alguém possa doar, o grupo também precisa de um freezer.

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