Questões que permanecem

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Hospital Sorocabana, Ponte Pirituba-Lapa e Operação Urbana Água Branca, essa semana todos os maiores temas de discussão da região foram assunto. Isso porque o prefeito Ricardo Nunes decidiu contemplar a região com uma visita, a primeira vistoria em uma ação de zeladoria desde que assumiu o posto deixado por Bruno Covas.

A oportunidade foi aproveitada por moradores para pedir aquela que talvez seja a principal e mais urgente demanda da região, a reabertura do Hospital Sorocabana, parcialmente ativado em 2020 com leitos para pacientes de Covid-19, necessidade essa que na cidade como um todo está longe de ser resolvida. Seguimos com uma alta e preocupante taxa de ocupação.

Se isso é grave em um cenário de pandemia, antes dessa crise sanitária a nossa região, com seus mais de 300 mil habitantes, já sofria por não ter leitos destinados ao SUS. Pacientes são encaminhados para equipamentos de outros bairros ou se improvisava onde é possível, como o uso dos poucos leitos do PS da Lapa que deveriam ser apenas para a estabilização de pacientes.

Houve a esperança de que ao termos os governos estadual e municipal do mesmo partido, o diálogo para a reabertura iria avançar de forma mais rápida. Mas não aconteceu. Pelo menos desde 2018 se fala na necessidade de entendimento jurídico para que o Governo passe de forma definitiva a estrutura do Sorocabana ao Município, o que legalmente permitiria o uso de dinheiro público por parte da Prefeitura para realizar investimentos no hospital. Mas com o decreto que funciona hoje, que prevê a cessão integral da área, por que os cinco andares já não foram reativados? E quanto tempo, ou anos, são necessários para encontrar uma solução para a transferência do terreno?

Além de cobrar o prefeito para se empenhar nessa questão, Ricardo Nunes também foi questionado sobre as obras paradas da Ponte Pirituba-Lapa, e afirmou que a Prefeitura está trabalhando para dar andamento já que o projeto faz parte do plano de metas da cidade.

E não só do plano de metas, mas a ponte também foi incluída nas intervenções da Operação Urbana Água Branca, que foi tema de debate na Câmara. Obras fundamentais fazem parte da operação e ainda assim o Executivo quer aprovar uma revisão da lei que reduz sua capacidade de arrecadação, mas é atraente para o mercado. Aprovar a revisão pode significar muitos novos empreendimentos na Água Branca e as mesmas obras de interesse público na espera.

Precisamos de andamento nessas questões perenes da região, com um desfecho favorável para quem vive aqui.

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