RENATA DE GRANDE REPÓRTER
Há mais de um ano e meio, a comunidade da Lapa de Baixo se depara com um problema que persiste: a queima de lixo clandestino em plena calçada. A moradora, líder comunitária e voluntária Edna Lopes Martins luta há meses contra a queima indevida de lixo. “No mês passado, aconteceu um incidente e foram queimados pneus, aparas de papéis de empresas, lixo de residência, galhos de árvore, e com o fogo alto, quase chegou até a creche Paulo de Tarso, que fica ao lado do muro, um verdadeiro perigo na rua João da Rocha Ferreira, que fica de esquina com a Rua Moxei. Mas quando chamamos o Corpo de Bombeiros veio a surpresa. Depois de uma hora, quando o fogo já havia sido controlado, eles apareceram alegando falta de carros, uma vez que estes estavam sendo destinado à corte de árvores em risco”, declara a moradora.
Durante a reportagem, Edna foi vítima de um ataque de um carroceiro que passava pela Rua Moxei. “O problema é que são os próprios moradores que pagam a esses carroceiros para que tirem os lixos de frente de suas casas, mas acabam sendo vítimas e algozes do problema”, lamenta a voluntária.
Para o sargento do Corpo de Bombeiros do Posto da Lapa, Claudinei Aparecido Piccioli, recém-chegado do Posto de Pinheiros, o incidente ocorreu devido à triagem das ligações à Central de Operações dos Bombeiros (Cobom) feitas através do telefone 193. “Quando recebemos um chamado no posto, temos até 45 segundos para colocar o carro na rua. Não podemos deixar esperando quem nos espera. Deve Ter acontecido algum imprevisto, pois o corte de árvores em risco também é serviço do Corpo de Bombeiros ”, afirmou Piccioli.
A moradora Edna pretende levar o caso ao subprefeito da Lapa, Paulo Magalhães Bressan, e pedir urgência no atendimento porque os riscos aumentam a cada dia. “Vou encaminhar um pedido ao subprefeito para que tome providências na Lapa de Baixo, tão esquecida por todos”, desabafa a voluntária.
