Camelôs retirados da Praça Melvim Jones

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Ana Maria Teixeira faz levantamento dos ambulantes da Praça Melvim Jones

Renata De Grande Repórter

Na última segunda-feira, dia 17 de maio, numa ação da Subprefeitura da Lapa, fiscais removeram 120 ambulantes da Praça Melvim Jones, localizada no início da Rua Nossa Senhora da Lapa. A operação se deu por causa da irregularidade da maioria dos camelôs que não tinha o Termo de Permissão de Uso (TPU) para o local.
Em decorrência da ação, muitos ambulantes estiveram na terça-feira na Subprefeitura, provocando um clima tenso. O subprefeito da Lapa, Adaucto José Durigan, realizou uma reunião extraordinária a portas fechadas com os representantes e com a comissão organizadora do movimento para uma avaliação do ocorrido.
Segundo Ana Maria Pontes Teixeira, presidenta da Associação dos Ambulantes da Zona Oeste de São Paulo, o grande impasse está em adequar todos na mesma região. “Alguns trabalham aqui há mais de 15 anos, pagaram pelo TPU, mas não possuem licença para trabalhar na praça. Apenas 12 conseguiram a permissão”, explicou Ana Maria, que fez um levantamento dos ambulantes que ficam na Melvim Jones na manhã de quarta-feira, dia 19 de maio.
Outro foco do problema, segundo Ana Maria, é o tamanho das barracas, que não segue o padrão oficial da Prefeitura, que permite 1 por 1,20 metro, muito menos a distância de 10 metros entre elas. “Não há possibilidade de manter todos aglomerados neste local. Por isso, estamos fazendo um cadastramento para averiguar quem possui o TPU, ou quem entrou com recurso no Ministério Público para a mudança de endereço”, concluiu.
Na última sexta, dia 21 de maio, em reunião com o subprefeito da Lapa e representantes dos ambulantes, foi acertado que somente mais seis vagas serão permitidas na Praça Melvim Jones.

Reurbanização na Doze de Outubro

Na mesma noite de terça-feira, 18 de maio, foi apresentado no auditório da Subprefeitura da Lapa o projeto que visa a renovação urbanística do maior centro de compras da região: a Rua Doze de Outubro. O projeto executivo é uma iniciativa da Subprefeitura da Lapa junto com os comerciantes da rua, que farão uma parceria para viabilizar o empreendimento.
Caso o projeto seja aprovado pela Prefeitura, as obras terão início em 15 dias. Segundo Paulo Lucio Brito, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto, as obras serão feitas em toda a extensão da Rua Doze de Outubro – que vai da Praça Professor José Roberto Azevedo Antunes até a Rua Cincinato Pomponet.
“A proposta é melhorar tanto o aspecto visual quanto a urbanização. Estudamos a possibilidade de adequar comerciantes e ambulantes nesta região. Colocaremos mapa de localização das lojas, jardins, bancos, tudo para revitalizar o local, hoje dominado pelo caos”, explicou o arquiteto, lembrando o sucesso da Rua João Cachoeira, localizada no bairro de Itaim Bibi, fruto de um outro projeto de revitalização do qual também foi responsável.

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