RENATA DE GRANDE REPÓRTER
A possibilidade, mesmo que remota, da reativação da Usina de Compostagem da Vila Leopoldina, deixou toda a comunidade em pé de guerra. Numa reunião realizada na Secretaria do Verde e Meio Ambiente, na segunda-feira, dia 20 de junho, foi apresentada pelos técnicos da secretaria um estudo contemplando esta hipótese. Bastou esta sugestão para que um clima de tensão se apoderasse dos presentes. Esta hipótese tem sutentação num laudo técnico, que não pode ser considerado definitivo, onde há “suspeita” de contaminação da área onde fuuncionou a usina, o que inviabilizaria a criação de um parque. A comissão do projeto do Parque Orlando Villas Bôas, que esteve presente ao encontro, manifestou de imediato o seu repúdio diante de tal alternativa.
É lícito suspeitar, diante do ocorrido, da existência de interesses econômicos contrários ao projeto de criação do parque.
Embora seja realmente inacreditável que, depois dos 12 anos de uma batalha sem tréguas comandada pelo Movimento Popular de Vila Leopoldina, com o apoio de outras lideranças e entidades da região, para conseguir o fechamento da usina, este tema volte à tona desta forma. Além de um evidente retrocesso é também um verdadeiro pesadelo.
Porém não podemos esquecer que, apesar do fechamento desta usina, em agosto de 2004, continua vigorando contratos com as empreiteiras, relativos à coleta e despejo do lixo, que são sempre motivo de controvérsias, suspeitas e críticas.
O fechamento da Usina de Compostagem da Vila Leopoldina, por decreto assinado pela ex-prefeita Marta Suplicy está consumado. Resta saber se, o atual prefeito, José Serra, conhecido pelo uso dos jargões na área da saúde, tão bem explorado em seu discursos de campanha, manterá coerência a este respeito.
Neste momento, a razão clama por uma união dos esforços para evitar este retrocesso. Exige também, por parte das forças organizadas da sociedade civil uma vigilância redobrada para evitar que políticos oportunistas façam deste episódio uma grande farsa montada, para colher votos nesta conturbada luta pela processo sucessório. Vigilância justificada pelos exemplos diários de como esta avidez pelo poder tem extrapolado todos os limites da ética, do bom senso e até mesmo da honestidade.
Foi vencida uma batalha. Porém é necessário um estado de prontidão porque a guerra, infelizmente, está longe de ser encerrada.
