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Em tempo da politicamente correta campanha “Cansei” lançada pela OAB com o objetivo de resgatar a cidadania e cobrar do poder público e entidades de representação atitudes concretas na construção de um modelo de sociedade justo e ético, os moradores da Vila Leopoldina e vizinhanças têm uma grande motivo para manifestar sua indignação. Desde dezembro de 2006, diretoria do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina (Conseg) não envia as atas das reuniões plenárias para a Secretaria de Segurança Pública (Coordenadoria dos Consegs). A denúncia vem de uma moradora do bairro, que prefere manter seu nome em sigilo temendo possíveis retaliações. “Isso é um fato gravíssimo que precisa ser apurado pela Coordenadoria”, afirma.
Segundo a moradora, o fato de as atas não terem sido remetidas à Secretaria de Segurança, torna o Conseg inativo. “Se está inativo, é preciso que uma nova diretoria seja nomeada”.
A Coordenadoria dos Consegs confirma o não recebimento das atas, mas não se manifesta sobre as conseqüências desse fato. “Como é que podemos aceitar um Conseg que sequer teve o cuidado de cumprir com uma obrigação legal”, questiona a moradora. O JG apurou que atrasos no envio de atas têm um prazo de tolerância de 120 dias. No caso do Conselho de Segurança da Leopoldina, o descaso com o despacho de documentos oficiais ultrapassa 200 dias.
A moradora ouvida pelo jornal lembra que em 2005 o Conseg Leopoldina chegou a ser considerado inativo. O motivo desta decisão foi a não realização de reuniões regulares por quatro meses consecutivos. “O fato de as atas não terem sido enviadas é como e não tivesse acontecido nenhuma reunião há sete meses. A Coordenaria confirma isso e diz que o Conseg está inativo. Isso a de 2005, quando o Conseg Leopoldina foi considerado inativo por falta de reuniões e um novo presidente teve ser nomeado”.
Procurado pelo JG para falar sobre o caso, o presidente do Conseg Leopoldina, Ulisses Crepaldi, não se manifestou até o fechamento desta edição.
