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A lista com as anotações de DPs encontrada no carro do advogado Jamil Chokr, suspeito de liderar um esquema de corrupção para caça-níqueis funcionarem irregularmente com proteção de policiais, aponta a 7ª Delegacia Participativa da Lapa como um dos DPs que, supostamente, mais recebia propina do esquema.
A lista divulgada pela imprensa mostra anotações onde policiais (investigadores) do 7º DP teriam recebido até R$ 4.400,00, cerca de R$ 40,00 por máquinas, que estaria sob a responsabilidade do advogado na região, para manter o esquema dos caça-níqueis.
A notícia de corrupção provocou um verdadeiro terremoto dentro da instituição e do próprio DP da Lapa. Questionado sobre o caso o delegado da 3ª Delegacia Seccional de Polícia Civil, Dejair Rodrigues, que assumiu o cargo em 1º de janeiro, disse apenas que o caso está concentrado na Corregedoria de Polícia.
A mesma informação foi dada pelo novo delegado do 7ª DP, Antonio Carlos Barbosa, que assumiu o cargo no último dia 21 de maio, quatro dias antes do acidente, em dia 25 de maio, envolvendo o advogado. Barbosa trocou todo o quadro de investigadores. “Eu me ausentei do DP por cinco anos e não quero fazer nenhuma comparação ou crítica ao colega que sucedo, mas evidente que num quadro novo há necessidade de adaptação e conhecimento da área, alguns policiais vieram de outras seccionais”, disse Barbosa, isentando sua equipe que chegou ao DP entre 4 e 12 de junho, após o incidente dos caça-níqueis.
O titular da Lapa reafirma a declaração do seccional e acrescenta que a investigação está sendo realizada com total transparência, inclusive com a participação do Ministério Público. “A competência de apurar crimes e infrações administrativas praticadas por policiais civis no âmbito da Capital é da Corregedoria. O próprio Ministério Público designou três promotores para acompanhar as investigações, então não é necessário dizer do rigor e da transparência”, conclui o delegado.
