Febem em debate

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Maria Vargas, William Lisboa, Caio Rubens Mello Castro e Gabriel Chalita

O último encontro do Conselho de Segurança Comunitária foi marcado pelo esclarecimento sobre o Centro Sócio-Educacional de Pirituba, unidade da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem Pirituba), inaugurada em fevereiro do ano passado. Localizada na Vila Clarice, a unidade conta com dois prédios e tem capacidade de abrigar 72 internos, mas possui atualmente 92 adolescentes, que recebem uma formação escolar com atividades pedagógicas. O diretor da unidade, Caio Rubens Mello Castro, explicou na palestra “A Outra Face da Febem”, abordando os aspectos positivos do trabalho pedagógico exercido em Pirituba para as 80 pessoas que estiveram na TV Cultura no dia 24 de nvoembro.
Segundo o coordenador pedagógico da unidade, Marcio Alexandre Masella, o objetivo é a reinserção social dos jovens, que necessitam de um trabalho de orientação de personalidade para melhoria de atitude na família, escola e sociedade. O trabalho também precisa ter a participação dos familiares para que o interno não perca seu vínculo afetivo. “Nesse caso, temos muita sorte, pois 93% das famílias dos jovens atendidos moram na Região Norte de São Paulo, que vai de Pirituba à Vila Maria”, completa.
Os adolescentes recebem aulas de informática, dinâmica de grupo, mosaico, panificação, artesanato, capoeira, construção civil, manutenção de micro, percussão e teatro. A Febem Pirituba firmou parceria com o Senai, a Prodesp, a Ong Ginga Moleque, Informática Bradesco, além de palestras com os Narcóticos Anônimos. “Acabamos de fazer convênio com o Projeto Guri para aptidão musical”, disse a encarregada da área técnica, Débora Cristina de Almeida Carune.
O centro possui 74 funcionários – dos quais 32 monitores -, que trabalham com ordem e disciplina. Os adolescentes são obrigados a escolher uma das oficinas propostas e têm uma rotina de atividades pedagógicas, esportivas, culturais que vão das 6 às 22h diariamente.
Para o coordenador pedagógico, “o desconhecido assusta a sociedade”, que discrimina o menor que cometeu algum ato infracional. Por isso, em média, 24% dos adolescentes voltam a cometer um crime. “Com a ajuda de incubadoras, pretendemos criar pequenas cooperativas”, conclui Castro.
Outra preocupação do diretor da unidade é o aumento da população de internos. Segundo ele, a cada dia 20 adolescentes são levados para uma das 69 unidades da Febem. Só em Pirituba, os 20 jovens a mais necessitariam de mais oficinas. O Centro Sócio-Educacional de Pirituba fica na Rua Stéfano Mauser, 651, Vila Clarice. Quem quiser conhecer a unidade pode ligar para os telefones 3949-5925 e 3949-8892.

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