Mito indígena no Cacilda Becker

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RENATA DE GRANDE REPÓRTER

O Teatro Cacilda Becker recebe em seu palco a partir de 2 de junho o espetáculo dança Mrykaok, da Cia Artesão do Corpo/Teatro-Dança, direção da Mirtes Calheiros. A peça trata de um relato da infância através do corpo.
O título da obra incita para um ideal de convivência entre adultos e crianças que as sociedades indígenas nos inspiram. As cenas que se sucedem são fragmentadas como a educação praticada e reproduzida pelos ditos civilizados. Os quadros vão revelando ecos da infância, presentes no corpo, e imagens de hoje.
Segunda peça do repertório da Cia Artesãos do Corpo/Teatro-Dança da Cooperativa Paulista de Teatro, fala sobre uma época – a infância – e seus reflexos no corpo emocional e visível do adulto que sobreviveu e virou gente grande.
Mrykaok é um mito indígena do Alto Xingu que representa o espírito do peixe elétrico, algo como nosso “bicho-papão”, com a diferença que o peixe elétrico realmente existe e quando ele está no rio é proibido banhar-se ou nadar.
Durante a pesquisa para esse espetáculo a companhia visitou sua própria infância, os princípios pedagógicos do sócio-construtivismo e as deliciosas idéias do filósofo Roland Barthes e seus biografemas que acabam por traduzir Mrykaok: Lembranças de infância fixadas como breves haicais; pequenas unidades biográficas.

Mrykaok
Quartas e quintas-feiras, às 21h30. Até o dia 1º de julho.
Ingresso a R$ 10,00. Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295, Vila Romana. Telefone 3864-4513.

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