Muito barulho por nada

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

A comunidade lapeana deverá ter mais atenção neste ano que se encerra. Gente que só vem ao bairro em época de eleição está bombardeando injúrias para todos os lados para saber em quem vai acertar. A próxima vítima poderá ser você.
Existe uma diferença conceitual entre reclamação e crítica. Quando alguém reclama para dizer que tal coisa não deve ser feita daquela maneira poderá estar cometendo uma injustiça, se não houver uma proposta consistente que solucione a tal questão. Uma crítica, que pressupõe esta solução, precisa vir acompanhada de conhecimento de causa e de fato para ter alguma notoriedade e algum respeito.
Pois bem, existem magnânimos políticos que nunca visitam o bairro, não perguntam a membros desta comunidade sobre o cotidiano e os problemas da região, muito menos tem a humildade de verificar os fatos se são verdadeiros ou falsos. A imprensa tem que trabalhar com ética, ao ouvir todos os lados envolvidos, e também checar as informações para que não cause ao leitor uma falsa impressão. Assim também tem que ser na vida política dos cidadãos e de seus representantes.
A especulação da nova gestão na Subprefeitura da Lapa está substituindo os fatos concretos. Há um movimento de repulsa ao clientelismo político a vereadores que não conhecem a região. Estas figuras eleitoreiras, portanto, não têm a competência para apontar as saídas às dificuldades do bairro que amamos. A comunidade lapeana deve se unir para defender nossos valores e garantir a ética na coisa pública.
Dificilmente a escolha do próximo subprefeito será feita por alguma pessoa do bairro. Isto porque o sistema político municipal exige a negociação com os membros da Câmara Municipal e o prefeito eleito José Serra, que terá um grande desafio: garantir uma administração transparente em parceria com a comunidade ao mesmo tempo que não abale os representantes da Câmara Municipal de São Paulo, que o ajudam a aprovar seus projetos-de-lei.
Por isso, este repórter recomenda ao leitor duas coisas. Primeiro, devemos ter muita atenção para que não acreditemos em especulação de nenhuma natureza. Segundo, também não devemos ouvir as reclamações vazias, sem fundamento na realidade, baseado apenas em discursos de palanque. A eleição acabou, mas não avisaram os oportunistas.

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