José de Oliveira Jr. Repórter
Durante esta semana, os encontros de Orçamento Participativo revelaram as carências dos dois bairros. Além das três propostas prioritárias, houve sugestões que mostraram as necessidades da nossa região. Os cerca de 80 moradores do bairro da Lapa expuseram seus problemas na reunião de segunda-feira. Entre as propostas, destacam-se o pedido de melhoria dos equipamentos de esporte, lazer e recreação, a promoção de programas de integração cultural e educação cidadã nas creches e escolas municipais e a criação de uma agência de empregos específica para portadores de necessidades especiais. Essas reivindicações foram as mais votadas durante o encontro no Tendal da Lapa.
Mas, além dessas sugestões, houve ainda um grande número de propostas que merecem ser mencionadas nesta coluna para nossa reflexão e ação imediata. Os moradores da Lapa de Baixo, por exemplo, pediram planos de ação, sem precisar passar por todo o processo do Orçamento Participativo. Basta um pouco de boa vontade por parte do poder público e o auxílio da iniciativa privada, para resolverem o problema. A comunidade da parte baixa do bairro exigiu melhoria na iluminação nas suas ruas, especialmente no novo retorno, perto do terminal Lapa; desratização na Lapa de Baixo (inclusive no Central Park Lapa); iluminação e limpeza sob o viaduto da Lapa e a construção de um centro de lazer para idosos, além de um centro social para recolher e prestar assistência a catadores e moradores em situação de rua.
Também foi reivindicada a abertura da rua entre a Desembargador do Vale e Ministro Ferreira Alves, no início da Rua Tito. O local foi invadido para abrigar um estacionamento. Já existe um projeto de lei aprovado para a retirada dos invasores.
Na Vila Anastácio, o mais grave problema apontado pelos seus moradores foi a falta de iluminação. Também foi questionado o grande número de caminhões, que estacionam nos dois lados das ruas do bairro, impedindo a passagem dos moradores e complicando o trânsito. Segundo os participantes do encontro de OP, realizado no salão paroquial da Igreja Santo Estevão Rei, os caminhões atrapalham o tráfego, principalmente nas ruas Bartolomeu Paes, Conselheiro Ribas, Alvarenga Peixoto, e nas avenidas Fortunato Ferraz e Raimundo Pereira de Magalhães.
Os moradores também reclamaram da ausência de pontos de ônibus nas ruas Benedito Campos de Morais, Bartolomeu Paes e Conselheiro Ribas. Ainda pediram respeito à Lei do Silêncio e maior fiscalização no ferro-velho, localizado na Rua Alvarenga Peixoto.
Como é possível constatar, basta ter boa vontade para resolver os problemas. A comunidade deve exigir seus direitos nas reuniões de Orçamento Participativo ou em qualquer outro encontro. Para melhorar o bairro, ainda é preciso arregaçar as mangas, como o leitor poderá verificar na reportagem de capa desta edição, um exemplo de cidadania.