JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
A expressão a Lapa para os lapeanos nunca foi tão feliz como neste momento. Lideranças do bairro “arregaçaram as mangas” e querem participar efetivamente da próxima gestão da Subprefeitura da Lapa. Não se trata apenas de ser recebida ou ouvida pelo sucessor de Adaucto José Durigan, mas sim se envolver administrativa e politicamente, acompanhando os rumos e influenciando as ações da administração regional.
Esta postura não significa necessariamente pleitear cargos. Primeiro, o que a comunidade quer mesmo é respeito aos seus interesses coletivos. Segundo, impedir desmandos de vereadores oportunistas, que têm usado a Subprefeitura da Lapa como seus “feudos” políticos para favorecer uma plutocracia ineficiente. Terceiro, a equipe do próximo subprefeito terá de ouvir mais do que falar, pois ninguém conhece melhor os problemas do bairro do que a própria comunidade. Quarto e último, os projetos já iniciados podem ser até revisados e adaptados, mas nunca ignorados pela nova administração.
Esses pré-requisitos estão condensados no documento que as lideranças comunitárias entregaram ao prefeito eleito, José Serra, e pretendem ainda levar para os demais caciques tucanos e membros da equipe do novo governo municipal. O grupo suprapartidário reafirma o compromisso pelo bairro para que não seja esquecido pela próxima gestão.
Somente a participação ativa dos moradores da nossa região é que poderá dar sustentação ao próximo subprefeito da Lapa. O dono da cadeira mais importante do bairro terá de aceitar as reivindicações da comunidade, gozando de respaldo moral, legal e político para realizar ações imprescindíveis para o bairro.
Um bom começo para o próximo subprefeito da Lapa será levar adiante os projetos-executivos e os estudos arquitetônicos prontos para análise, começando pelo parque em Vila Leopoldina, que substituirá a amaldiçoada Usina de Compostagem de Lixo. O próximo subprefeito tem o dever de tomar conhecimento desta iniciativa da comunidade, garantindo recursos e vontade para a criação do Parque de Vila Leopoldina, que os moradores querem que se chame Orlando Villas Boas – em homenagem ao sertanista ícone, que morou no bairro até os últimos momentos de sua vida.
Por fim, lutemos juntos por um bairro melhor, onde a comunidade seja efetivamente aceita como parceira – e não como coadjuvante.