Pais lutam pela Thomaz Galhardo

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Walkyria e representantes da escola

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Na última segunda-feira, dia 29 de novembro, os representantes dos professores e pais dos alunos, juntamente da Associação dos Professores da Educação Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) se reuniram com a dirigente de Ensino Centro-Oeste, Walkyria Cattani, para discutir o futuro da Escola Estadual Thomaz Galhardo, que corre o risco de fechar e se transformar na sede administrativa da Diretoria de Ensino Norte 1.
A Thomaz Galhardo conta com 18 salas, que têm capacidade para 1.260 estudantes – cerca de 630 por turno. Walkyria disse que a instituição de ensino possui apenas 204 estudantes do ciclo 1 (Ensino Fundamental – 1ª a 4ª série), divididos nos períodos matutino e vespertino. Cerca de 59 alunos são portadores de necessidades especiais. Ela disse que houve apenas três inscrições de matrícula para este ano.
A dirigente garantiu que todos os alunos serão transferidos para as escolas mais próximas Edmundo de Carvalho, Marina Cerqueira Cezar e Alfredo Paulino ou as que os alunos acharem mais conveniente. Os pais, no entanto, questionam os números de demanda apresentados pela dirigente de ensino e querem lutar pela continuidade da escola, que existe há mais de 50 anos no bairro.
De acordo com Claudir Guimarães, um dos conselheiros da escola, nos últimos dois anos não houve uma divulgação adequada para novas matrículas de alunos. Walkyria respondeu que houve divulgação e que os bairros da Lapa e de Vila Romana estão sofrendo um processo de envelhecimento de sua população e os novos moradores de edifício matriculam seus filhos nas escolas particulares. “O que devemos levar em consideração é o aspecto humano, além da Thomaz Galhardo ser um patrimônio do bairro”, observa Guimarães, que apelou à comunidade no Conselho Comunitário de Segurança (Conseg-Lapa). Os pais também não aceitam a demanda como único critério porque os alunos deficientes perderão a referência de professores, amigos e das características físicas do espaço. Mães de alunos da escola aproveitaram a manifestação do Movimento de Oposição à Verticalização (Mover), ocorrido no último domingo, dia 28 de novembro, na Praça Diogo do Amaral, para recolher assinaturas contra o fechamento da Thomaz Galhardo. A Apeoesp também fez uma manifestação com abaixo-assinado na Praça Miguel Dell’Erba, na quarta-feira passada, dia 1º de dezembro, para tentar impedir o fechamento da instituição de ensino.

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